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Este Blog é para expor publicações periódicas que contribuam para desenvolver atividades artísticas culturais e recreativas dentro de uma postura construtiva através da Pedagogia da Animação, ampliando diversos conceitos da qualidade total nas áreas de Recreação, Folclore, Literatura e Música. Produzindo conhecimentos interdisciplinares no aprimoramento da cidadania.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

FOLCLORE GAÚCHO CORREIO ELETRÔNICO

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Quero lendas e histórias do folclore gaúcho?

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4 anos atrás
Luiz Henrique e Magali Simonsenby Luiz Henrique e Magali Simonsen
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Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta

Falar do Rio Grande me dá muito alegria, tchê.
Bueno, tens algumas estórias e digo-te que o gaúcho tem no sangue as tradições e o amor à terra.
Preservamos nosso passado e nos orgulhamos de quem somos, mas sabemos mirar o futuro na esperança que em cada rincão possa ter as mais modernas tecnologias aliadas ao senso de preservação.
Temos ciência da importância do papel que nosso estado desempenha como produtor de alimentos e tentamos fazer o melhor possível.

Veja abaixo uma pequena relação de termos típicos falados comumente no Rio Grande do Sul.

Abichornado — aborrecido, envergonhado

Bombacha — calça típica do gaúcho, introduzida durante a Guerra do Paraguai por imigrantes turcos

China das vacarias — mulher pobre que trabalhava como empregada nas estâncias

Chiripá — tipo de vestimenta do homem pobre anterior à bombacha

CTG — sigla para Centro de Tradições Gaúchas

Estância — fazenda

Invernada — grupos de danças típicas que se apresentam em comemorações e eventos tradicionais

Mateada — antigamente, designava a reunião de peões para tomar chimarrão durante o transporte de gado. Hoje, é a denominação das festas tradicionais

Patrão — o dono da estância. Atualmente, também é usado para designar o presidente do CTG

Pachola — bonito, faceiro, é usado para definir um tipo de nó no lenço vermelho que os peões usam no pescoço

Peão — originalmente, essa palavra servia para nomear o empregado da estância. Hoje, é a forma genérica para o par da prenda

Pilcha — a roupa típica de peões e prendas

Prenda — a moça gaúcha, usando seu vestido tradicional de festa


João de Barro

Contam os índios que, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. Melhor dizendo: apaixonaram-se. Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento. O pai dela perguntou: - Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo?

- As provas do meu amor! - respondeu o jovem.

O velho gostou da resposta mas achou o jovem atrevido. Então disse:

- O último pretendente de minha fila falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.

Eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.

Toda a tribo se espantou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova.

Enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada chorou e implorou à deusa Lua que o mantivesse vivo para seu amor. O tempo foi passando. Certa manhã, a filha pediu ao pai:
- Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.

O velho respondeu:

- Ele é arrogante. Falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.

E esperou até até a última hora do novo dia. Então ordenou:

- Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.

Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seu olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e cheirava a perfume de amêndoa. Todos se espantaram. E ficaram mais espantados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!

E exatamente naquele momento, os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceu para sempre

Contam os índios que foi assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.

A prova do grande amor que uniu esses dois jovens está no cuidado com que constroem sua casa e protegem os filhotes. E os homens amam o joão-de-barro porque lembram da força de Jaebé, uma força que vinha do amor e foi maior que a morte.


SEMANA FARROUPILHA:
Comemorada em homenagem e memória da Epopéia farroupilha. Durante a Semana Farroupilha, acontecem vários eventos tradicionalistas nos CTG e, a nível de município, palestras, encontros, apresentações artísticos-culturais, o tradicional Café de Chaleira (cada dia a cargo de um CTG), jantares campeiros cm tertúlia livre e fandangos. Ocorre, também desfile dos cavalarianos, das escolas, das entidades e instituições dos grupos tradicionalistas e dos CTG.
O símbolo aut6entico da Semana farroupilha é a Chama Crioula que arde no Candeeiro Crioulo. A Chama Crioula é o fogo que simboliza fertilidade, calor, claridade, ardor e paixão.O fogo simbólico expressa o sentimento patriótico do povo, representa a Pátria Brasileira, assim como a Chama Crioula que simboliza a tradição gaúcha nas comemorações farroupilhas.
A idéia da Ronda à Chama Crioula surgiu em 1947, com um grupo de estudantes liderados por Paixão Cortes. A primeira Chama Crioula transformou-se num símbolo gaúcho, representando o espírito heróico dos Farrapos com os ideais de justiça e Liberdade.
Nela está o propósito de fraternidade que visa a aproximação dos povos na convivência social. Durante a Semana Farroupilha, acontece a Mostra da Cultura Gaúcha, o

Fonte(s):

http://tradicao.pampasonline.com.br/trad…
http:// www.galpaovirtual.com
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Avaliação do autor da pergunta:
5 de 5
Comentário do autor da pergunta:
Que moral, moça.


Atualmente não há comentários para esta pergunta.

Outras Respostas (3)

  • Gabrielaby Gabriela
    Membro desde:
    22 de janeiro de 2009
    Total de pontos:
    1.349 (Nível 3)
    Você encontrará muitas lendas no site abaixo.

    Espero ter ajudado. Boa noite!

    Fonte(s):

  • james.caveraby james.ca...
    Membro desde:
    11 de dezembro de 2007
    Total de pontos:
    712 (Nível 2)
    gaúcho macho. isso é folclore.
    • 1 pessoa avaliou como boa
  • Sophyaby Sophya
    Membro desde:
    26 de janeiro de 2009
    Total de pontos:
    1.367 (Nível 3)
    Espero que sejam suficientes para tua pesquisa

    O Negrinho do pastoreio

    Naquele tempo os campos ainda eram abertos, não havia entre eles nem divisas nem cercas; somente nas volteadas se apanhava a gadaria xucra e os veados e as avestruzes corriam sem empecilhos...
    Era uma vez um estancieiro, que tinha uma ponta de surrões cheios de onças e meias-doblas e mais muita prataria;. porém era muito cauíla e muito mau, muito.
    Não dava pousada a ninguém, não emprestava um cavalo a um andante; no invemo o fogo da sua casa não fazia brasas; as geadas e o minuano podiam entanguir gente, que a sua porta não se abria; no verão a sombra dos seu umbus só abrigava os cachorros; e ninguém de fora bebia água das suas cacimbas.
    Mas também quando tinha serviço na estância, ninguém vinha de vontade dar-lhe um ajutório; e a campeirada folheira não gostava de conchavar-se com ele, porque o homem só dava para comer um churrasco de tourito magro; farinha grossa e erva-caúna e nem um naco de fumo... e tudo, debaixo de tanta somiticaria e choradeira, que parecia que era o seu próprio couro que ele estava lonqueando...
    Só para três viventes ele olhava nos olhos: era para o filho, menino como uma mosca, para um bafo cabos- negros, que era o seu parelheirode confiança, e para um escravo, pequeno ainda, muito bonitinho e preto como carvio e a quem todos chamava somente o - Negrinho
    . A este não -deram padrinhos nem nome; por isso o Negrinho se dizia afiIhado da Virgem, Senhora Nossa, que é a madrinha de quem não a tem.
    Todas as madrugadas o Negrinho galopeava o parelheiro baio; depois conduzia os avios do chimarrão e à tarde sofria os maus tratos do menino, que o judiava e se ria.
    Um dia, depois de muitas negaças, o estancieiro atou carreira com um seu vizinho. Este queria que a parada fosse para os pobres; o outro que não, que não? que a parada devia ser do dono do cavalo que ganhasse. E trataram: o tiro era trinta quadras, a parada, mil onças de ouro.
    No dia aprazado, na concha da carreira havia gente como em festa de santo grande.
    Entre os dois parelheiros a gauchada não sabia se decidir, tão perfeito era e bem lançado cada um dos animais. Do baio era fama que quando corria, corria tanto, que o vento assobiava-lhe nas crinas; tanto, que só se ouvia o barulho, mas não se Ihe viam as patas baterem no chão... E do mouro era voz que quanto mais cancha, mais aguente, e que desde a largada ele ia ser como um laço que se arrebenta...
    As parcerias abriram as guaiacas, e aí no mais já se apostavam aperos contra rebanhos e redomões contra lenços.
    - Pelo baiol Luz e doble!...
    - Pelo mourol Doble e luz!...
    Os corredores fizeram as suas partidas à vontade e depois as obrigadas; e quando foi na última, fizeram ambos a sua senha e se convidaram. E amagando o corpo, de rebenque no ar, largaram, os parelheiros meneando cascos, que parecia uma tormenta...
    - Empate! Empate! gritavam os aficionados ao longo da cancha por onde passava a parelha veloz, compassada como uma colhera.
    - Valha-me a Virgem madrinha, Nossa Senhora! gemia o Negrinho. Se os sete-léguas perde, o meu senhor me mata! Hip! hip! hip!...
    E baixava o rebenque, cobrindo a marca do baio.
    - Se o corta-vento ganhar é só para os pobres!... retrucava o outro corredor. Hip! hip!
    E cortava as esporas no mouro.
    Mas os fletes corriam, compassados como numa colhera. Quando foi na última quadra, o mouro vinha arrematado e o baio vinha aos tirões.., mas sempre juntos, sempre emparelhados.
    E as duas braças da raia, quase em cima do laço, o baio assentou de supetão, pós-se em pé e fez uma cara-volta, de modo que deu ao mouro tempo mais que preciso para passa, ganhando de luz aberta! E o Negrinho, de em um ginetaço.
    - Foi mau jogo! gritava o estancieiro.
    - Mau jogo! secundavam os outros da sua parceria.
    A gauchada estava dividida no julgamento da carreira; mais de um torena coçou o punho da adaga, mais de um desapresilhou a pistola, maisn de um virou as esporas para o peito de pé... Mas o juiz, que era um velho do tempo da guerra de Sepé-Tiarajú, era um juiz macanudo, que já tinha visto muito mundo. Abanando a cabeça branca sentenciou, para todos ouvirem:
    - Foi na le! A carreira é de parada morta; perdeu o cavalo baio, ganhou o cavalo mouro. Quem perdeu, que pague. Eu perdi cem gateadas; quem as ganhou venha.buscá-las. Foi na lei!
    Não havia o que alegar. Despeitado e furioso, o estancieiro pagou a parada, à vista de todos, atirando as mil onças de ouro sobre o poncho do seu contrário, estendido no chão.
    E foi um alegrão por aqueles pagos, porque logo o ganhador mandou distribuir tambeiros e leiteiras, côvados de baeta e baguais e deu o resto, de mota, ao pobrerio. Depois as carreiras seguiram com os changueiritos que havia.
    O estancieiro retirou-se para a sua casa e veio pensando, pensando, calado, em todo o caminho. A cara dele vinha lisa, mas o coração vinha corcoveando como touro de banhado laçado a meia espalda... O trompaço das mil onças tinha

    Fonte(s):

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