Brasília
Desenhada por Lúcio Costa, Niemeyer e
Pítágoras
Lógica e lírica
Grega e Brasileira
Ecumênica
Propondo aos homens de todas as raças
A essência universal das formas justas
Brasília despojada e lunar como a alma de um
poema muito jovem
Nítida como
Babilônia
Esguia como um fuste de palmeira
Sobre a lisa página do planalto
A arquitetura escreveu sua própria paisagem
O Brasil emergiu do barroco e encontrou o seu
número
No
centro do reino de Artemis
Deusa da natureza inviolada
No extremo da caminhada dos Candangos
Atena ergueu sua cidade de cimento e vidro
Atena ergueu sua cidade ordenada e clara como
um pensamento
E há nos arranha- céus uma finura delicada de
coqueiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário