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Este Blog é para expor publicações periódicas que contribuam para desenvolver atividades artísticas culturais e recreativas dentro de uma postura construtiva através da Pedagogia da Animação, ampliando diversos conceitos da qualidade total nas áreas de Recreação, Folclore, Literatura e Música. Produzindo conhecimentos interdisciplinares no aprimoramento da cidadania.

domingo, 27 de novembro de 2011

CANGAÇO




Conversando com o meu pai sobre o Lampião, os coronéis
e o cangaço no Nordeste ouvi muitas coisas que “Deus nos acuda.”
         As secas no Nordeste eram crudelíssimas gerando terrível sofrimento, principalmente aos que moravam no sertão do Ceará,  Pernambuco e Rio Grande do Norte.
         Os coronéis “casavam e batizavam”. Quanto mais  aliados ,(jagunços) mais poder para fazer o mal. Tomavam terras, animais, dominava tudo e todos com as suas injustiças. Era o banditismo, as histórias deste período são de arrepiar...
         Diante de tal circunstância o povo se dividia. Uns eram acomodados e esperavam o Senhor Deus resolver  a dura situação, outro se revoltavam  e procuravam resolver por meio de rifle, na bala.
         Existia um grupo de pessoas religiosas que apoiavam o banditismo, isto porque no final do Império apareceu um grande cangaceiro de nome Jesuíno Brilhante que roubava dos ricos  para dar aos pobres.
         O cangaço predominou por mais de meio século gerando conflitos, quando a polícia entra nesta história  é de abalar o coração. Dizem que houve muita violência eles agiam  matando em nome da “lei.”
         Os anos foram passando  e no ano de 1897 nasceu Virgulino Ferreira da Silva. Era de uma família  honesta de vida normal.
         Aconteceu um roubo de cabras, ele foi culpado, foi preso e seu irmão o  libertou pela força do rifle. Nesta confusão mataram o filho do delegado de policia que havia prendido Virgulino. Então começou a grande questão entre as duas famílias que antes se davam muito bem.
         Os dois irmãos fugiram pra Alagoas, seus pais também mudaram do local, a mãe deles faleceu e um sargento de nome  José Lucena assassinou  o Sr. Ferreira.  Quando os filhos avistaram o pai morto juraram que daquele dia em diante  o luto seria o rifle e a cartucheira e que se fosse preciso botavam fogo em Alagoas.
         Foi daí que o Virgulino passou a ser chamado de Lampião, era perverso, matava destruía, muitos diziam que ele era a encarnação do demônio. Um grande atirador, o seu fuzil era um clarão, parecia mesmo ter prazer em atirar e o fuzil clarear.
         O  Padre Cícero Romão Batista  convidou-o para ajudar o governo no combate aos revolucionários no tempo da Coluna do Prestes.
         Aos 33 anos ele conheceu Maria Déia que entrou no bando e passou a ser chamada de Maria Bonita a mulher do Capitão. Viveram 7 anos, tiveram uma filha. Mas um dos seus homens de nome Pedro Cândido o traiu. Ele foi degolado junto a Maria Bonita e assim acabou o bando dos cangaceiros de Lampião em 1938.

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