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Não, eu não vou falar da juventude,
pelo menos não daquela facilmente percebida nos traços,
nos passos, no modo de se vestir.
Eu irei falar deles, que são sempre tão simpáticos,
que adoram conversar e observam tudo ao seu redor
com o olhar de quem viveu muito
mas não reconhece seu passado no modo de vida atual, sim,
eu falo dos idosos e falo de amor.
Outro dia estava no ponto de ônibus, triste, cansada,
um sol aterrorizador,
esperando que algo de bom acontecesse naquele dia,
talvez o telefonema de um amigo, um grande amor, um presente,
ah tudo bem, admito, servia ganhar dinheiro, roupas lindas, bons livros,
algo que fizesse com que eu me sentisse alegre.
Quando chegou uma senhora de uns setenta anos, aproximou-se,
olhou-me com uma simpatia toda brasileira e disse-me “OI”,
foi quando percebi que não precisava de nada mais,
meu humor havia melhorado consideravelmente,
um “oi” transformou o meu dia.
Foi quando comecei a pensar nos milhares de idosos
que são abandonados em asilos,
que sofrem humilhações diárias,
que não têm sequer o direito à moradia,
alimentação, tratamento médico, amor.
pelo menos não daquela facilmente percebida nos traços,
nos passos, no modo de se vestir.
Eu irei falar deles, que são sempre tão simpáticos,
que adoram conversar e observam tudo ao seu redor
com o olhar de quem viveu muito
mas não reconhece seu passado no modo de vida atual, sim,
eu falo dos idosos e falo de amor.
Outro dia estava no ponto de ônibus, triste, cansada,
um sol aterrorizador,
esperando que algo de bom acontecesse naquele dia,
talvez o telefonema de um amigo, um grande amor, um presente,
ah tudo bem, admito, servia ganhar dinheiro, roupas lindas, bons livros,
algo que fizesse com que eu me sentisse alegre.
Quando chegou uma senhora de uns setenta anos, aproximou-se,
olhou-me com uma simpatia toda brasileira e disse-me “OI”,
foi quando percebi que não precisava de nada mais,
meu humor havia melhorado consideravelmente,
um “oi” transformou o meu dia.
Foi quando comecei a pensar nos milhares de idosos
que são abandonados em asilos,
que sofrem humilhações diárias,
que não têm sequer o direito à moradia,
alimentação, tratamento médico, amor.
As pessoas são cruéis,
ficam assustadas com assaltos,
assassinatos,
rebeliões e abandonam seus pais em asilos,
muitos destes sem sequer condições de tratamento,
higiene, funcionários e estrutura adequados,
todos estes sem amor.
Quanto à senhora do ponto de ônibus,
olhei-a com a mesma simpatia e disse-lhe tchau,
Recebi então um sorriso,
sorriso este de uma imensa ternura,
sorriso de melhor idade.
ficam assustadas com assaltos,
assassinatos,
rebeliões e abandonam seus pais em asilos,
muitos destes sem sequer condições de tratamento,
higiene, funcionários e estrutura adequados,
todos estes sem amor.
Quanto à senhora do ponto de ônibus,
olhei-a com a mesma simpatia e disse-lhe tchau,
Recebi então um sorriso,
sorriso este de uma imensa ternura,
sorriso de melhor idade.
Tiara RibeiroSão Luís, MA, por correio eletrônico
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