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- Às vezes, os alunos... (P/Paulo Freire e Milton Santos)
Às vezes, os alunos te procuram
Com os olhos, com os silêncios - com o comportamento
Não para saberem o conteúdo da matéria
Geografia, História, Matemática, Filosofia, Ética ou Religião
Mas porque se não souberam exatamente ser crianças
Não saberão ser alunos
Estão perdidos – e precisam de ajuda
E então você é profetio
Paifessor, um referencial...
Em que eles depositam a vida
A esperança, a busca, mais:
Um conteúdo. E a alma, a alma!
Às vezes, os alunos te procuram
Com as mãos, com os gestos;
o cênico além do contexto do entorno
Antes da matéria que lecionas querem saber o cidadão
O humano em ti; além da metáfora, da regra de três;
Da gramática, da lição de casa, do trabalho, da prova
Querem saber o que é existir
(Não sabem o que é ser alguma coisa)
Estão entre a cruz e a espada
O abandono, o (des)zelo íntimo, a mídia amoral
- Ah, o que é o ser humano?
Terás que sacar o indizível neles
Estender a mão, além da nota, do giz e do apagador
.........................................................................
Às vezes os alunos te procuram
E não te encontram...
E escreves, falas, desenhas, cobras, somas
(Silêncio, copiem, prestem atenção,
ordem unida, marchem!)
- A sala de aula não pode ser uma cela de aulas -
E eles ali pré-escutando; procuram e sondam o ser de si
Professor-humano, professor-ser, professor-família
Muito além da didática, do diário de classe
(Do boletim com escamas e arames oficiais datados)
Além da chamada, da estatística,
da porcentagem de aproveitamento, do número
Querem ver o teu rosto, o teu corpo de ser um todo.
Os teus olhos
E se a tua alma é socorrista;
se é alma irmã na didática
de um humanismo de resultados
Reger aulas, lecionar, a docência
- Às vezes os alunos te procuram
E te acham numa ou noutra dialética,
temática, retorno ou lição
Ou muitas vezes não
A aula, o ensino, o exemplo; a aceitação-aproximação
O teu ser, teu curso, tuas respostas, teu sentimento...
- Almas humanas procuram almas humanas -
Querem conteúdo, exemplo, identidade, iluminura;
querem inspiração
Querem alimento... - A melhor pedagogia é o exemplo –
querem clarificação
Boa Aula, Professor
Que tua régua seja o teu coração-
Com os olhos, com os silêncios - com o comportamento
Não para saberem o conteúdo da matéria
Geografia, História, Matemática, Filosofia, Ética ou Religião
Mas porque se não souberam exatamente ser crianças
Não saberão ser alunos
Estão perdidos – e precisam de ajuda
E então você é profetio
Paifessor, um referencial...
Em que eles depositam a vida
A esperança, a busca, mais:
Um conteúdo. E a alma, a alma!
Às vezes, os alunos te procuram
Com as mãos, com os gestos;
o cênico além do contexto do entorno
Antes da matéria que lecionas querem saber o cidadão
O humano em ti; além da metáfora, da regra de três;
Da gramática, da lição de casa, do trabalho, da prova
Querem saber o que é existir
(Não sabem o que é ser alguma coisa)
Estão entre a cruz e a espada
O abandono, o (des)zelo íntimo, a mídia amoral
- Ah, o que é o ser humano?
Terás que sacar o indizível neles
Estender a mão, além da nota, do giz e do apagador
.........................................................................
Às vezes os alunos te procuram
E não te encontram...
E escreves, falas, desenhas, cobras, somas
(Silêncio, copiem, prestem atenção,
ordem unida, marchem!)
- A sala de aula não pode ser uma cela de aulas -
E eles ali pré-escutando; procuram e sondam o ser de si
Professor-humano, professor-ser, professor-família
Muito além da didática, do diário de classe
(Do boletim com escamas e arames oficiais datados)
Além da chamada, da estatística,
da porcentagem de aproveitamento, do número
Querem ver o teu rosto, o teu corpo de ser um todo.
Os teus olhos
E se a tua alma é socorrista;
se é alma irmã na didática
de um humanismo de resultados
Reger aulas, lecionar, a docência
- Às vezes os alunos te procuram
E te acham numa ou noutra dialética,
temática, retorno ou lição
Ou muitas vezes não
A aula, o ensino, o exemplo; a aceitação-aproximação
O teu ser, teu curso, tuas respostas, teu sentimento...
- Almas humanas procuram almas humanas -
Querem conteúdo, exemplo, identidade, iluminura;
querem inspiração
Querem alimento... - A melhor pedagogia é o exemplo –
querem clarificação
Boa Aula, Professor
Que tua régua seja o teu coração-
Silas Corrêa Leitepoesilas@terra.com.br
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