A
Aguo folhas em verso
Cuja tinta molhada traça
No objeto deste universo
Ultimato à nossa raça,
Predadora de si e demais:
Mais zelo aos mananciais
Para evitar nossa desgraça!
B
Base deste próprio corpo
Templo da centelha divina
Símbolo deste nosso porto
Em dois terço se dissemina
Gerando vida exuberante
Nesta nave itinerante -
Terra nossa que fascina!
C
Corrente em nossas veias
Formando todos os sistemas,
Biodiversidade de cadeias,
Configuram-se seus emblemas:
Tépidas, frias e cálidas...
Sem-fim de nuances válidas!
Pancromática fita em temas.
D
Destarte este poeta advoga
Mesmo sem ser em tese douto,
Todavia, em vez duma toga,
Veste seu verso solto,
Arguindo singela defesa
Ao símbolo da natureza,
Eis multiforme desenvolto.
E
Enquanto esta seiva prover,
Cedendo a potabilidade,
Transmutada em seu mister,
Inda que sem equidade
Conforme a lente no espaço
Monitora cada pedaço
Há de haver fé em perenidade...
F
Fé na justa distribuição
Do hidromapa brasileiro...
Apelo de uma população
Sofrida em terreno sequeiro,
Refém dum fato sazonal
Que provoca muito mal
Ao sertanejo caatingueiro.
G
Gosto, desejo e aptidão
São importantes fatores
De uma aquática vocação
Desde amnióticos vetores
Código-fonte da vida
Genoma de gente atrevida
Que ora segrega seus valores:
H
Hidrogênio em dois volumes
Mais um de oxigênio expressa
Esta fórmula que resume
Uma divina promessa
Nossa rápida passagem
Neste bonde de viagem -
Arca do Criador professa.
I
Ilustre bebida harmoniosa
Com sua física propriedade -
Sólida, líquida ou gasosa
Indexa o sistema de unidade
Decimal, métrico e térmico;
E do seu ciclo hidrológico
A graça da pluviosidade.
J
Justiça seja feita ao gole
(Insípido quanto inodoro)
Cultura de nossa prole
Água sagrada que adoro
No azul das profundezas (oceanos)
Ou matizes das naturezas
De cada rio que exploro:
K
Kadiweu! Ou seria cadê eu?
Rio e tribo explorados
Cuja cultura se perdeu
No Pantanal sob arados
Do homem inescrupuloso
Que só vê o solo pastoso
E desrespeita antepassados...
L
Legado da humanidade,
a água doce dos rios,
nicho da biodiversidade,
algumas veias que denuncio:
Talvegues do Pantanal ,
Rios da ilha do Bananal,
Araguaia,Tocantins!...Invade!
M
Maltrata sua mata ciliar,
Envenena seus mananciais,
Pelo lucro peculiar
Vende plantas e animais
Ao mascate estrangeiro
que aqui faz seu roteiro
de busca transnacionais.
N
Navegando ainda rio a rio
Chegamos na bela Amazônia,
Madeira-Mamoré se sitio,
Sigo rumo a Rondônia
Na Hidrovia do progresso
Um mundo d´água atravesso
Um Brasil de parcimônia.
O
Oiapoque, Tumucumaque,
ouro e plata em abundância -
Ouve-se a catarata e o baque
ostentando a ressonância
Obra muito maravilhosa
Olho d`água melodiosa
Oxalá e seu atabaque
P
Paraíso da fase terrena
Da vida de muitas nações
Navegando em água amena
Rumamos para os sertões
Saímos da Aqualândia
Chegamos na Caatingalândia
Terra das lamentações
Q
Que natureza estranha!
Outrora os rios tão cheios
Agora seca tamanha,
No Velho Chico e seus veios
Que devido ao grande abuso
Deixa seu leito confuso
E o ribeirinho em devaneios!
R
Rios afluentes temporários
Fazem do São Francisco
Muitas vezes tributário
Que expõe iminente risco
De total esgotamento
Associado ao assoreamento
deste vale em confisco
S
Sugado em muita demasia
O Jordão do nordestino
Quase perde sua primazia,
Se comparado ao palestino,
Embora tão mais extenso
Porém nem tanto pretenso
Ao rio do povo que fascino.
T
Trecho a trecho percorrido
Em tão diverso panorama
As águas que eu elucido
Da terra de Pindorama
Também correm no subsolo,
Aquífero Guarani arrolo,
Testemunha dum programa...
U
...Um lençol debaixo da terra
De São Paulo à cisplatina
Reserva que em si encerra
Mais uma bênção divina:
País mais rico do mundo
Neste bem tão profundo
Que toda sede elimina.
W
Warrant tão contestado
Pelo direito de ingerir
Este bem mal gerenciado
Que o povo quer usufruir
A água fonte de vida,
A todos deve ser servida
Agora e em todo porvir.
V
Viver depende de água
Na equação do Criador,
Para vivermos sem mágoa,
Temos que ser zelador,
Setenta por cento nos dois
Homem e terra Ele pôs
Água Fonte de vida e amor.
X
Xabocos, lagos e açudes,
Artificiais ou naturais,
Rio, riacho, arroio, pude
Considerar como canais
Da fonte de vida corrente
Que ainda sou aprendente
Das lições dos mananciais
Y
Yin e yang hexagrama global-
Princípios de filosofias -
A água nossa fonte vital,
Sinal de início e fim dos dias
São partes do mesmo universo
Do tempo e espaço adverso
Origem do ser que anuncia:
Z
Zerar toda sede e fome
Do povo pobre e carente
Que a miséria o consome
Nesta conjuntura doente;
Que a vida seja fraterna,
justa e digna quanto eterna
que a paz esteja presente
Aguo folhas em verso
Cuja tinta molhada traça
No objeto deste universo
Ultimato à nossa raça,
Predadora de si e demais:
Mais zelo aos mananciais
Para evitar nossa desgraça!
B
Base deste próprio corpo
Templo da centelha divina
Símbolo deste nosso porto
Em dois terço se dissemina
Gerando vida exuberante
Nesta nave itinerante -
Terra nossa que fascina!
C
Corrente em nossas veias
Formando todos os sistemas,
Biodiversidade de cadeias,
Configuram-se seus emblemas:
Tépidas, frias e cálidas...
Sem-fim de nuances válidas!
Pancromática fita em temas.
D
Destarte este poeta advoga
Mesmo sem ser em tese douto,
Todavia, em vez duma toga,
Veste seu verso solto,
Arguindo singela defesa
Ao símbolo da natureza,
Eis multiforme desenvolto.
E
Enquanto esta seiva prover,
Cedendo a potabilidade,
Transmutada em seu mister,
Inda que sem equidade
Conforme a lente no espaço
Monitora cada pedaço
Há de haver fé em perenidade...
F
Fé na justa distribuição
Do hidromapa brasileiro...
Apelo de uma população
Sofrida em terreno sequeiro,
Refém dum fato sazonal
Que provoca muito mal
Ao sertanejo caatingueiro.
G
Gosto, desejo e aptidão
São importantes fatores
De uma aquática vocação
Desde amnióticos vetores
Código-fonte da vida
Genoma de gente atrevida
Que ora segrega seus valores:
H
Hidrogênio em dois volumes
Mais um de oxigênio expressa
Esta fórmula que resume
Uma divina promessa
Nossa rápida passagem
Neste bonde de viagem -
Arca do Criador professa.
I
Ilustre bebida harmoniosa
Com sua física propriedade -
Sólida, líquida ou gasosa
Indexa o sistema de unidade
Decimal, métrico e térmico;
E do seu ciclo hidrológico
A graça da pluviosidade.
J
Justiça seja feita ao gole
(Insípido quanto inodoro)
Cultura de nossa prole
Água sagrada que adoro
No azul das profundezas (oceanos)
Ou matizes das naturezas
De cada rio que exploro:
K
Kadiweu! Ou seria cadê eu?
Rio e tribo explorados
Cuja cultura se perdeu
No Pantanal sob arados
Do homem inescrupuloso
Que só vê o solo pastoso
E desrespeita antepassados...
L
Legado da humanidade,
a água doce dos rios,
nicho da biodiversidade,
algumas veias que denuncio:
Talvegues do Pantanal ,
Rios da ilha do Bananal,
Araguaia,Tocantins!...Invade!
M
Maltrata sua mata ciliar,
Envenena seus mananciais,
Pelo lucro peculiar
Vende plantas e animais
Ao mascate estrangeiro
que aqui faz seu roteiro
de busca transnacionais.
N
Navegando ainda rio a rio
Chegamos na bela Amazônia,
Madeira-Mamoré se sitio,
Sigo rumo a Rondônia
Na Hidrovia do progresso
Um mundo d´água atravesso
Um Brasil de parcimônia.
O
Oiapoque, Tumucumaque,
ouro e plata em abundância -
Ouve-se a catarata e o baque
ostentando a ressonância
Obra muito maravilhosa
Olho d`água melodiosa
Oxalá e seu atabaque
P
Paraíso da fase terrena
Da vida de muitas nações
Navegando em água amena
Rumamos para os sertões
Saímos da Aqualândia
Chegamos na Caatingalândia
Terra das lamentações
Q
Que natureza estranha!
Outrora os rios tão cheios
Agora seca tamanha,
No Velho Chico e seus veios
Que devido ao grande abuso
Deixa seu leito confuso
E o ribeirinho em devaneios!
R
Rios afluentes temporários
Fazem do São Francisco
Muitas vezes tributário
Que expõe iminente risco
De total esgotamento
Associado ao assoreamento
deste vale em confisco
S
Sugado em muita demasia
O Jordão do nordestino
Quase perde sua primazia,
Se comparado ao palestino,
Embora tão mais extenso
Porém nem tanto pretenso
Ao rio do povo que fascino.
T
Trecho a trecho percorrido
Em tão diverso panorama
As águas que eu elucido
Da terra de Pindorama
Também correm no subsolo,
Aquífero Guarani arrolo,
Testemunha dum programa...
U
...Um lençol debaixo da terra
De São Paulo à cisplatina
Reserva que em si encerra
Mais uma bênção divina:
País mais rico do mundo
Neste bem tão profundo
Que toda sede elimina.
W
Warrant tão contestado
Pelo direito de ingerir
Este bem mal gerenciado
Que o povo quer usufruir
A água fonte de vida,
A todos deve ser servida
Agora e em todo porvir.
V
Viver depende de água
Na equação do Criador,
Para vivermos sem mágoa,
Temos que ser zelador,
Setenta por cento nos dois
Homem e terra Ele pôs
Água Fonte de vida e amor.
X
Xabocos, lagos e açudes,
Artificiais ou naturais,
Rio, riacho, arroio, pude
Considerar como canais
Da fonte de vida corrente
Que ainda sou aprendente
Das lições dos mananciais
Y
Yin e yang hexagrama global-
Princípios de filosofias -
A água nossa fonte vital,
Sinal de início e fim dos dias
São partes do mesmo universo
Do tempo e espaço adverso
Origem do ser que anuncia:
Z
Zerar toda sede e fome
Do povo pobre e carente
Que a miséria o consome
Nesta conjuntura doente;
Que a vida seja fraterna,
justa e digna quanto eterna
que a paz esteja presente
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