Estremece a minha mão,
Minhas pernas ficam fracas,
Sobe até minha pressão,
A lembrança é de berço,
Faço tudo e não me esqueço,
De Luiz rei do Baião.
Aquela sanfona branca,
A cara de Gonzagão,
Os xotes dos pés de serra,
Era grande a emoção,
Falo pra qualquer pessoa,
O único dono desta coroa,
Gonzaga o rei do baião.
Começou tocar forró,
Não tinha vergonha não,
No Crato e no Juazeiro,
Do Padre Ciço Rumão,
Era um grande sanfoneiro,
Tocou e ganhou dinheiro,
Luiz o rei do baião.
Dezoito anos incompleto,
Botou a mala na mão,
José Dantas fez as músicas
No Rio, ele virou barão,
Como já era sanfoneiro,
Tocou até no estrangeiro,
Se deu bem o Gonzagão.
Depois de dezesseis anos,
Voltou para seu torrão,
Chegou ali de madrugada,
Januário de pé no chão,
Ouviu um cabra lhe chamando,
Abriu a janela e observando,
Pra cara de Gonzagão.
Vem Santana sua mãe
Que lhe abraçou com emoção
Foi falando: toca Luiz,
E ele com precisão,
Para todos ali tocou,
E para o seu pai demonstrou,
Quem seria o rei do baião.
Por isso que eu o respeito,
O cantador do sertão,
Mas este está na história,
Dentro do meu coração
Para mim é o primeiro,
E todos os sanfoneiros,
Sente a falta de Gonzagã
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