A tudo o que Deus criou
É ver o brilho das estrelas
Sentir o perfume da flor
Sentir o vento em seu rosto
E sentir da erva o odor.
II
É ver no sol o seu brilho
Mais forte que seu calor
O mar o cheiro... O sal
E na água da fonte : O frescor
Dos pássaros a mensagem no canto
E o encanto do beija flor.
III
É sentir dor... Sentir mágoa
Sentir medo e até tristeza
É sentir na pétala da rosa
Sua maciez e beleza
É ver nos lírios dos campos
A sua grande realeza.
IV
É ver a lágrima que rola
Numa face entristecida
Pela dor... Pela saudade
Pelas amarguras da vida
Ou pelo brilho radiante
De uma alegria incontida.
V
É ver na criança que brinca
Um sorriso que irradia
Ou nas pirraças e manhas
Como desprende energia
E isso não é um bom motivo
Para se fazer poesia?
VI
Podemos fazer poesia
Atén mesmo nas coisas pequenas
Nas florezinhas do campo nato
Nas brisas suaves amenas
Até numa formiguinha
Não voam mas muitos têm pena.
VII
Contemple a tarde o acaso
Como tudo faz mudar
A orla das nuvens cinzentas
Os raios do sol vem dourar
Dando um belo acabamento
Num perfeito debruçar..
VIII
Momentos depois vem a lua
Nascendo do outro lado
Como a rainha da noite
Em um belo prateado
E para saudar sua chegada
O céu todo estrelado
IX
Deus nos deu tudo de bom
Para a nossa alegria
Ao invés de ficar murmurando
Contemple a noite e o dia
E verás que em tudo há
Motivos de poesia.
Enviado de São Gonçalo Rio de Janeiro
Autora: Irmã Dalva Pimentel
A
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