SERENATA, da burleta de costumes nacionais A SERTANEJA |
Escrita em 1915 para a burleta de costumes nacionais em 3 atos de autoria de Viriato Correia (1884-1967), representada no Teatro São José em outubro daquele ano, esta serenata foi publicada pela Casa Bevilacqua na década de 1920, quando a empresa M. Pinto e a companhia Margarida Max remontaram A sertaneja e Juriti, ambas as peças de Viriato Correia com música original de Chiquinha Gonzaga. Foi também escrita para piano e orquestra e publicada pela autora na sérieOrquestra Brasileira: flauta, violino, clarinete (si b), pistom, trombone, violoncelo, contrabaixo, bateria. Da burleta A sertaneja há também no Acervo Digital Chiquinha Gonzaga uma barcarola e um desafio. Foi gravada por Jaime Vogeler (voz) com orquestra, em disco Odeon, em 1932; por Anna Maria Kieffer (voz) e Achile Picchi (piano), em 2000; e por Ná Ozzetti (voz), com arranjo de Gilberto Assis, acompanhada por Luiz Amato (violino I), Esdras Rodrigues (violino II), Emerson Luiz De Biaggi (viola), Adriana Holtz (violoncelo), em 2010.
Edinha Diniz, 2011
letra de Viriato Corrêa
1.
(Coro)
Prateia a serra,
Tudo prateia
O luar branco
De minha aldeia,
(bis)
(Solo)
Em minha terra,
Quando a lua sobe a serra
A saudade se descerra
Dos confins do coração.
A natureza
Fica muda, Fica presa
Enlevada na beleza
Do luar do meu sertão!
2.
(Coro)
Prateia a serra,
Tudo prateia
O luar branco
De minha aldeia,
(bis)
(Solo)
Pela calada
D’uma noite enluarada,
O magote da boiada
Fica olhando para o céu
Se o vaqueiro
Vem subindo pelo outeiro,
Vendo a lua, sorrateiro,
Ergue a mão, tira o chapéu.
3.
(Coro)
Prateia a serra,
Tudo prateia
O luar branco
De minha aldeia,
(bis)
(Solo)
Lá na campina,
Quando a lua se reclina,
Geme a pomba, a sururina,
Canta e geme o pecoá…
Nas bananeiras
Cantam as rolas cantadeiras,
Lá no topo das palmeiras
Assobia o sabiá…
4.
(Coro)
Prateia a serra,
Tudo prateia
O luar branco
De minha aldeia,
(bis)
(Solo)
Em minha aldeia,
Quando brilha a lua cheia,
A matuta sapateia
No requebro do baião
E ao som do pinho
Da viola e cavaquinho,
Tudo baila à luz do linho
Do luar do meu sertão.
5.
(Coro)
Prateia a serra,
Tudo prateia
O luar branco
De minha aldeia,
(bis)
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