Onde os belos cadernos de antigamente? Onde as páginas de caligrafia, os desenhos caprichados, os mapas multicores?... E os problemas difíceis, aqueles que só os espertos sabiam resolver –de moços que correm, de trens que se encontram, de torneiras que enchem recipientes e outras que os esvaziam, de capitais tão vantajosamente postos a juros? ... Que é feito da narração? E as cartas? Cartas sem destino, redigidas consoante o império sagrado do costume e com as idéias de sempre... idéias de todos, idéias de um manual poeirento, mas não idéias de jovem.
Realmente, que sucedeu a tudo isso nas mãos da escola atual? Para onde vamos agora? Que quererão fazer dos nossos filhos? Tal o grito de alarme de muitos pais!...
O que queremos , o que fazemos, para onde vamos? O que quer a escola dos nossos dias? ...
A nossa escola quer fazer do aluno o artífice de sua própria formação. Quer incutir-lhe gosto pelo trabalho pessoal, Em profundidade, trabalho antes sobre a idéia do que sobre a palavra ou sobre a fórmula.
Quer que o jovem entre em contato com as coisas, que pense por si mesmo e descubra também alguma coisa, muita coisa até,por seu próprio esforço.Ai está o porquê da tarefa da observação,das fichas, das pesquisas, e da orientação nas investigações... E corre á praça, A natureza... Ouve e vê, aprecia ae toca, ergue e pesa, avalia e mede...
Em poucas palavras, o jovem verifica por si, pensa, antes de falar e antes de ler no livro, lê no real... Se escreve , se redige, escreve e redige só depois de ter concebido e ordenado. Se receita princípios , se enuncia leis, recita-os e enuncia-as só depois de ter feito surgir tudo de dentro das coisas.
E trabalho tal, deve o aluno realizá-lo sozinho... sozinho sob a orientação do educador.
Não é mais o educador, então, então, aquele que fala, mas, o homem que age e dirige a atividade do educando. Este não é mais alguém que está sentado a escutar... torna-se um ser que age, um ser que pensa...
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