É válido ressaltar nesta magna data a valiosa colaboração do Padre José de Anchieta um dos primeiros Educadores do Brasil, que chegou aqui com menos de 20 anos de idade, com o 2º Governador Geral do Brasil, Duarte da Costa, para trabalhar com o Padre Manuel da Nóbrega.
O Padre Anchieta passou a amar o Brasil como se fosse a sua Terra Natal. Muito esforçado e marchando para o progresso metia-se pelas matas a pé, a chuva, enfrentando as feras com o objetivo de catequisar os índios , assim seria mais fácil implantar a paz entre eles e os brancos. Tinha uma grande liderança espiritual, para facilitar a aprendizagem dos índios ele escrevia peças e executava o teatro. Grande professor, foi chamado de o mais atuante e um dos primeiros professores do Brasil.
Grande historiador, poeta, escritor famoso por seus lindos poemas e inúmeras obras bem conhecidas em todo Brasil.
Belo trabalho missionário, um dramaturgo sensibilíssimo!
Um dos fundadores das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Seu nome é forte em termos de testemunho de coragem e trabalho. São Paulo é chamado de “Linda Terra de Anchieta”.
Seu nome permanecerá na História da Educação Brasileira e em nossos corações.
Foi beatificado pelo Papa João Paulo II.
JESUÍTAS, de CASTRO ALVES
(Edições Paulinas- Mario Basacchi)
Quando o vento da Fé soprava a Europa,
Como o tufão que impele o ao ar a tropa
Das águias que pousavam no alcantil:
Do zimbório de Roma- a ventania,
O bando dos Apóstolos sacudia
Aos cerros do Brasil.
Tempos idos! Extintos luzimentos!
O pó da catequese aos quatro ventos
Revoava nos céus...
Floria após na Índia ou na Tartária,
No Mississipi, no Peru, na Arábia
Uma palmeira- Deus!-
Homens de ferro! Mal na vaga fria
Colombo ou Gama um trilho descobriu
Do mar nos escarcéus,
Um padre atravessava os equadores,
Dizendo: Gênios!...sois os batedores
Da matilha de Deus!
Depois as solidões surpresas viam
Esses homens inermes, que surgiam
Pela primeira vez.
E a onça recuando se esgueirava
Julgando o crucifixo ... alguma clava
Invencível talvez!
O martírio, o deserto, o cardo, o espinho,
A fome, o frio, a dor,
Os insetos, os rios, as lianas,
Chuvas, miasmas, setas e savanas,
Horror e mais horror...
Nada turbava aquelas frontes calmas,
Nada curvava aquelas grandes almas
Voltadas pra amplidão...
No entanto eles só tinham na jornada
Por couraça- a sotaina esfarrapada...
E uma cruz- por bordão.
Quantas vezes então sobre a fogueira
Aos estalos sombrios da madeira
Entre o fumo e a luz...
A voz do mártir murmurava ungida:
“Irmãos! Eu vim trazer-vos- Jesus! “
Outras vezes no eterno itinerário
O sol, que vira um dia no calvário
Do Cristo a Santa Cruz.
Enfiava de vir achar nos Andes
A mesma cruz, abrindo os braços grandes
Aos índios rubros[, nus .
Eram eles que o verbo do Messias
Pregavam desde o vale das serranias,
Do Pólo do Equador...
E o Niágora ia cantar nos mares...
E o Chimborazzo arremessava os ares
O nome do Senhor!...
SÃO P\AULO
Há mais de quatrocentos anos
Que, nesta terra boa e fértil
Foi lançada a primeira semente
Da maior cidade do Brasil.
O começo foi extremamente difícil
No planalto de Piratininga,
Foi levantado o primeiro barracão
Fruto de trabalho e de oração.
Este grande acontecimento
Foi relatado pelo jovem Anchieta
Que com outros doze jesuítas
Estava presente naquele momento.
“A vinte e cinco de janeiro
Ao ano do Senhor
De mil quinhentos e quatro
Celebramos a primeira missa.
Foi num barraco de pau a pique e taipa,
Que servia de escola enfermaria, dormitório,
Capela, cozinha e refeitório,
Era o dia da conversão de são Paulo.”
A ajuda de João Ramalho de Bartira
E de Tibiriçá foi muito importante
Para granjear a amizade
Das tribos circunstantes.
Enquanto a cidade ia crescendo
Anchieta, no Colégio, ensinava com alegria
A religião aos curumins,
Filhos dos tupis.
Para facilitar o transporte das mercadorias
Que vinham do litoral ou de Portugal
A pé ou em montaria
Os padres e colonos alargavam trilha no matagal.
Naquele tempo, não havia as rodovias
Que admiramos hoje em dia
Anchieta ou Imigrantes,
Para o transporte tão importante.
Foi assim que surgiu a capital
Do estado bandeirante,
Que acolhe gente de todas as tribos e raças
Infundindo coragem e renovando esperança.
São Paulo, nascida na humildade
Graças ao trabalho de tantas gerações
Orgulha-se, agora, de sua prosperidade
E de ser a primeira desta nação.
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