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Este Blog é para expor publicações periódicas que contribuam para desenvolver atividades artísticas culturais e recreativas dentro de uma postura construtiva através da Pedagogia da Animação, ampliando diversos conceitos da qualidade total nas áreas de Recreação, Folclore, Literatura e Música. Produzindo conhecimentos interdisciplinares no aprimoramento da cidadania.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

SIM, NO CEARÁ É ASSIM POR: MARIA ADALZIRA DE OLIVEIRA



Metrificação é arte
De saber metrificar
Dividir verso em parte
Com as silabas a rimar
O ouvido vem primeiro
Como um bom conselheiro
É difícil enganar
Os versos com a cadência
Vai dando coincidência
Para se versificar.

Usando a inteligência
E a perplexidade
É preciso competência
E ter idoneidade
Pra falar do meu Estado
Num estilo adequado
É um prazer para mim
Do litoral ao sertão
Emoldura um coração
Sim, no Ceará é assim.

No Ceará é assim
O clima é uma beleza
O verde mar não tem fim
A capital Fortaleza
Inspira até poema
Tudo lembra Iracema
De José de Alencar
Um famoso escritor
Cearense de valor
Jurista e parlamentar.

Um Estado do Brasil
Um lugar encantador
Brilhante e bem gracil
Chamado Terra do Amor
As praias são ideais
Com os lindos coqueirais
E linda diversidade
Culinária especial
Cultura original
Boa hospitalidade.

Terra de homens bravos
Isto nos diz a história
Libertou os seus escravos
Foi uma grande vitória
O  forte Dragão do Mar
Disposto para lutar
Levantou a liberdade
Ceará o pioneiro
Pela mão do jangadeiro
Fizeram solenidade.

Sim, no Ceará é assim
Tem história pra valer
Lazer, turismo, enfim
Só acredita quem ver
As belezas naturais
As serras não tem iguais
Floresta nacional
Tem os picos culminantes
Pousadas aconchegantes
Fontes de água mineral.

Um sertão abrasador
De rochosas formações
A sensação de calor
Nos trazem muitas razões
Demora muito a  chover
Mas o cearense crer
Que o inverno vai chegar
A chuva está caindo
O povo todo sorrindo
A coisa vai melhorar.

Grandes secas registradas
Encontramos na História
A seca grande chamada
Foi triste a trajetória
Onde registro ficou
Seca do século matou
Um terço da população
Houve antropofagia
Enorme selvageria
Mais que tudo no sertão.

A fome era terrível
Coisa impressionante
Um sofrimento horrível
E muito angustiante
Exóticas sugestões
Para grandes construções
De açudes funcionou
O Orós, o Arrojado
E outros do nosso Estado
A seca amenizou.

Os sertanejos coitados
Seguiam pro litoral
Os chamados flagelados
Moribundos muito mal
Foi ai que o Imperador
Revelou o seu amor
Dando a coroa sagrada
De lapidado brilhantes
Para aqueles retirantes
Que caiam nas estradas.

Era grande a tristeza
Do homem agricultor
Mas, com  fé e a certeza
No nosso Deus Criador
'Ouro Branco" o algodão
Deu boa exportação
E de modo oficial
Aquiraz foi povoado
Primeira Vila do Estado
E primeira capital.

Fortaleza recebia
Predicado de cidade
Invocando a dinastia
Mostrando a realidade
Houve vários movimentos
Alguns até sangrentos
Como em Quixeramobim
Caiu a Nova Bragança
Eu digo com segurança
Sim, no Ceará é assim.

Uma Terra decantada
Por poetas e cantores
Juventude esforçada
Mostrando os seus valores
Solo que de tudo dá
Realmente é o Ceará
É a Terra da Jandaia
Que gritava Iracema
Aquela Índia Morena
Que corria pela praia.

Poetas e escritores
Eruditos e populares
Famosos compositores
Neste Brasil a brilhar
Militares cientistas
Filósofos e Juristas
Gente intelectual
Grandes historiadores
Jornalistas e doutores
Artistas e Marechal.

Os rios  trazem riqueza
E muitas utilidades
Jaguaribe é beleza
Banhando várias cidades
O maior do Ceará
Igual a ele não há
Importante para nós
Através da irrigação
Alegra o coração
O Açude de Orós.

Um cenário singular
E a Jericoacoara
Quero aqui mencionar
A Gruta de Ubajara
Mata Atlântica do Brasil
De uma riqueza mil
Resquício fundamental
Localizada na Serra
Quanta beleza encerra
O Parque Nacional.

Centro de Arte  e Cultura
Chamado Dragão do Mar
Uma infra - estrutura
Para ninguém reclamar
Um mundo de atração
Para toda ocasião
Temos bons humoristas
É o lugar ideal
De frequentar festival
Rever os nossos artistas.

A etnia cultural
Mostra a sua mesclagem
Miscigenação total
De todos uma dosagem
Vale o patriotismo
A moral e o civismo
O Ceará e meu, é seu
Cearense é decente
Defende a nossa gente
Da Terra onde nasceu.

Crato cidade amada
Capital do Cariri
Aiuaba abençoada
É a Terra que nasci
A Meca  cearense
A Juazeiro pertence.
Destacamos o Iguatu
Barbalha e Quixadá
Caucaia e Tianguá
Sobral e Acaraú.

Todos devem conhecer
Estas cidades citadas
E assim pode dizer
Que sempre serão lembradas
Potengi e Mauriti
Aracati e Umari
Assaré Baturité
Crateús e Cariús
Paracuru Pacajús
Cariré  e Canindé.

Saindo de Itapagé
Fui até Itapipoca
Passei pelo Quixeré
E conheci Meruoca
Lá em Quixeramobim
Alguém falou para mim
Siga até Jardim
Afirmo pra quem quiser
Para o que der e vier
Sim, no Ceará é assim.

Tem o Ceará urbano
Tem o Ceará rural
Os dois no cotidiano
Tem valor industrial
Os produtos vegetais
As riquezas animais
A cera da carnaúba
Que é muito conhecida
Como a "Árvore da Vida"
Tem caju maçaranduba.

Tem a  Indústria Pesqueira
E a extração do sal
Na cozinha brasileira
Num produto essencial
Riquezas que vem do mar
Pra gente saborear
Prato tradicional
Lagosta no abacaxi
Caranguejo e o Siri
Caviar do Litoral.

De lado com  progresso
O Ceará vai andando
O turista diz confesso
Que aqui estou sonhando
O mar é a atração
Que serve de inspiração
Ao poeta nordestino
A praia é preferida
A areia colorida
Tudo ali é divino.

Há beleza no sertão
Na Serra e no Planalto
Em tudo há diversão
Um rico artesanato
Temos a Mulher Rendeira
Uma artista verdadeira
Que assentada no chão
Uma musa no terreiro
Cantada por cangaceiro
"Os cabras de Lampião. "

Toalhas de Labirinto
Artigos Regionais
Chapéu, esteira e cinto
Revelações culturais
Das comidas  a paçoca
Farinha de mandioca
Com carne misturada
Baião de dois, mungunzá
Ainda pra completar
Panelada e buchada.

Bonita simbologia
Que traz a recordação
O Hino uma sinfonia
É a voz do coração
No escudo uma enseada
Tem até uma jangada
Nossa primeira Bandeira
Um bonito pavilhão
Com a sua restauração
Parece a brasileira.

Setor de Agricultura
O Governo estadual
Seleciona a cultura
De um modo genial
Em função das Regiões
Do litoral aos sertões
O caju e o amendoim
Arroz, milho e feijão
Coco, laranja e mamão
Sim, no Ceará é assim.

No Rio Cocó as salinas
Um branco resplandecente
Uma beleza as minas
Muito sal e muita gente
Quase dentro da cidade
Parece até vaidade
Claro que assim não há
Paisagem inigualável
Em um local agradável
Do amado Ceará.

O moderno Castelão
É local considerado
Pela sua dimensão
E o seu lindo gramado
Espaço suficiente
E abriga muita gente
Um dos modernos do mapa
Estádio de futebol
Na minha Terra do Sol
Visitada pelo Papa.

Nosso roteiro folclórico
Retrata festas cantigas
Aponta fatos históricos
Das coisas bem mais antigas
Tem bastante atração
Em todas as Regiões
De Tauá a Camocim
Bastante xilogravura
As mais lindas esculturas
Sim, no Ceará é assim.

A Cultura popular
É um nome progressista
Para quem quer pesquisar
Vai encontrando a pista
Folclore é tradição
Está sempre em ação
Costumes tradicionais
No falar e no sentir
No pensar e no agir
Das práticas culturais.

Violas e Violeiros
Na chamada cantoria
As vezes usam pandeiro
Estão sempre em parceria
Temos as Festas Juninas
Que alegram as meninas
Na fogueira de São João
Uma festa brasileira
Tem até uma Bandeira
Bela comemoração.

O casamento na roça
É uma teatralização
Os noivos vem de carroça
Tem até o Bonachão
A quadrilha bem marcada
Anima a rapaziada
Com grito de incentivo
E as expressões : balancê,
 Anavantu, anarriê
O grupo é bem ativo.

Nas festas do interior
Tem a Banda Cabaçal
Vem do colonizador
É bem tradicional
Uma banda  primitiva
Coreografia ativa
Influência das três raças
Tocam e dançam baião
O zabumba com perfeição
Faz batidas de cabaças.

É indígena o Torém
Com espécie de maracá
O ritmo vai muito bem
Dançada no Ceará
Temos os aventureiros
Vestidos de marinheiros
Que desenvolvem um drama
Bonita a encenação
Catarineta é ação
E tem uma boa fama.

Bela apresentação
Uma dança africana
Formando uma nação
Tem índios e tem baianas
Maracatu popular
Os séquitos a desfilar
Reis Negros os figurantes
Isto nos tempos passados
Com passos cadenciados
Por todos acompanhados

O folguedo Pastoril
É na época do Natal
Introduzido no  Brasil
Chegado de Portugal
Grupo de competição
Pra quem escolhe o cordão
Este é denominado
As cores dão alegria
Um Jesus outro Maria
O azul  e o encarnado.

As histórias inventadas
Ficam na imaginação
As lendas são relatadas
Do litoral ao sertão
Curupira lobisomem
Assombram mulher e homem
A Iara é a sereia
Vive nos mares bravios
Cantando até nos rios
Nas noites de lua cheia.

Sabedoria popular
Manifestação folclórica
É fácil de registrar
Tirando a coisa teórica
Levado pelo destino
O Vaqueiro nordestino
Pede a Deus a proteção
Ele é o homem valente
É um forte combatente
Bravo filho do sertão.

Festa do Pau da Bandeira
Assim manda a tradição
Uma árvore linheira
Que seja da região
É uma festividade
Deixando grande saudade
Para quem fica no canto
Uma crença popular
Toda mulher quer pegar
No chamado: "pau do anto."

É difícil decifrar
A linguagem da vovó
Todos gostam de brincar
Tira-se o a, e, i,o
Trava linguas no falar
Brincadeiras escolar
Coisas que o povo diz
Os ditados populares
São brincadeiras nos lares
Se mentir, cresce o nariz.

Moagem e farinhada
Tem debulha de feijão
Carro de boi a boiada
Tem bodoque e pilão
Brincadeiras de crianças
Ficam em nossas lembranças
Histórias de assombração
Desafio a viola
Arapuca e gaiola
Folguedos lá do sertão.

Com fitas bem enfeitadas
O Reisado aparece
Muito bem apresentado
Quem conhece não esquece
Temos outra tradição
Que chamamos Tiração
Em casa determinada
Mas cantam com alegria
Com amor e harmonia
Isto de madrugada.

Beatos e penitentes
Nas estradas desoladas
Socorriam os doentes
As roupas esfarrapadas
Eles eram endeusados
Seus olhos eram parados
Como Antonio Conselheiro
Era grande o fanatismo
Mas o grande banditismo
Pertencia  ao cangaceiro.


A festa da apartação
É grande vaquejada
Recebe a consagração
O que derruba o gado
Uma festa divertida
Fazendo parte da vida
Da chamada "esteira"
Com puxada violenta
O boi tomba não aguenta
Restando grande poeira.

O Coco Sapateado
De influência africana
É mais bonito apressado
Faz um ruído bacana
Tem sua autenticidade
É dançado na cidade
No litoral e sertão
Seu nome é coco de praia
Mulheres dançam de saia
E todos de pé no chão.

Bumba- meu - boi conhecido
Por folguedo social
Jamais será esquecido
Pois é bem regional
O boi é ressuscitado
Isto é bem representado
Depois fazem a divisão
Repartem para quem quiser
Conforme o nome couber
Na rima a distribuição.

Tem uma dança bonita
Pra você apreciar
Seu nome é pau - de - fita
As moças ficam a bailar
Vão cantando e dançando
As fitas vão se enrolando
Formando um trancelim
E o povo admirado
Com as danças do Estado
Sim, no Ceará é assim.

No Mucuripe o farol
Estrutura octogonal
Tudo na Terra do Sol
Parece ser natural
A chegada da Jangada
E também a Retirada
Está ligada a História
Um símbolo ideográfico
Que acabou com o tráfico
Aos escravos deu vitória.

Cestaria e trançado
São produtos de artesão
É bem diversificado
Tem núcleos de produção
Na tecelagem estar
Redes feitas no tear
Isto quando é manual
Serve de decoração
No entanto a função
Pra dormir é ideal.

O poeta popular
Nem sempre é cordelista
O fato saber rimar
Não é ser um repentista
No estilo tradicional
Que veio de Portugal
Tem a comunicação
Um galope - a - beira- mar
Cm o martelo faz par
E oito- pés - de quadrão.

As feiras artesanais
Tem tudo para vender
As plantas ornamentais
Dá prazer a gente ver
Os pássaros da Região
Estão na exposição
Também outros animais
Canário e bem - te- vi
Rolinha e juriti
Destaques regionais.

Museus de preservação
Das Ciências naturais
É de comunicação
Coisas bem regionais
Estudos de arqueologia
E de Paleontologia
A gente encontra por lá
Objetos de estimação
A Ata da Abolição
Dos escravos do Ceará.

Praias de beleza infinda
Todas são bem frequentadas
Cada uma a mais linda
E muito movimentadas
Pistas de patinação
Boa  localização
Ninguém esquece dali
Na do Futuro canção
Tudo de recreação
Tabuba e Icaraí.

A FUNTELC  ativamente
A cultura é  vinculada
Orienta nossa gente
Que é beneficiada
Educação a distância
Tem bastante importância
Esta bela fundação
A  Tv  educativa
A tanta gente cativa
Com sua programação.

Temos núcleos  de Arte
Educação e Cultura
O PROARES  faz  sua parte
Tem sua  infra-estrutura
Projeto executado
Do  Governo do Estado
E da  Ação  Social
Mas uma iniciativa
De gente forte e ativa
Forma intersetorial.

Pública visitação
O local é um amor
Qualquer documentação
Representa  seu valor
Transações paleográficas
Faz exposições temáticas
 Arquivo estadual
Vivia a se mudar
Isto antes de instalar
Sua sede atual.

Brincadeira de criança
Que merecem ser lembrada
São guardadas na lembrança
Porque foram executadas
Pular corda e panelinha
Carimbar e amarelinha
O raminho do amor
Atirar com baladeira
Apostar uma carreira
Famoso balançador.

Tem as cantigas de roda
Para as noites de luar
Quase saindo da moda
É tempo de resgatar
Os costumes e tradições
As grandes  recordações
A gente ainda vai ver
Comer pirão de alguidá
É coisa do Ceará
Todos devem conhecer.

O Ceará é poesia
É beleza é bravura
Romantismo e harmonia
É carinho é ternura
Cheia de suavidade
A lua nos dá saudade
Asa Branca quando canta
Parece dizer pra mim
Sim, no Ceará é assim
Seu gorjeio me encanta!


                                 DO  LIVRO:  SIM, NO CEARÁ É ASSIM
                                          PÁGINAS 51 A 81
                                  AUTORA: MARIA ADALZIRA DE OLIVEIRA
























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