Aquiraz
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Município de Aquiraz | |||||
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Hino | |||||
Fundação | 13 de fevereiro de 1699[1] | ||||
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Gentílico | aquiraense | ||||
Prefeito(a) | Antonio Fernando Freitas Guimarães[2] (PSB) (2013–2016) | ||||
Localização | |||||
Localização de Aquiraz no Ceará
Localização de Aquiraz no Brasil | |||||
Unidade federativa | Ceará | ||||
Mesorregião | Metropolitana de FortalezaIBGE/2013[3] | ||||
Microrregião | Fortaleza IBGE/2013[3] | ||||
Região metropolitana | Fortaleza | ||||
Municípios limítrofes | Norte: Oceano Atlântico, Fortaleza eEusébio; Leste: Oceano Atlântico e Cascavel; Sul: Pindoretama e Horizonte; Oeste: Itaitinga | ||||
Distância até a capital | 32,3 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 480,976 km² [4] | ||||
Distritos | Aquiraz (sede), Camará, Caponga da Bernarda, Jacaúna, João de Castro,Justiniano de Serpa, Patacas eTapera[5] | ||||
População | 77 717 hab. estatísticas IBGE/2015[6] | ||||
Densidade | 161,58 hab./km² | ||||
Altitude | 14 m | ||||
Clima | tropical atlântico sub-úmido As | ||||
Fuso horário | UTC−3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH-M | 0,641 médio PNUD/2010[7] | ||||
PIB | R$ 935 351 mil IBGE/2012[8] | ||||
PIB per capita | R$ 12 560,94 IBGE/2012[9] | ||||
Página oficial |
Aquiraz é um município brasileiro no litoral do estado do Ceará, Região Nordeste do país. Pertence àMesorregião Metropolitana, à Microrregião de Fortaleza e à Região Metropolitana de Fortaleza e sua população estimada em 2015 era de 77 717 habitantes.[6]
Situada a 27 km de Fortaleza, a cidade de Aquiraz guarda em suas raízes as tradições indígenas e do colonizador europeu, não esquecendo os marcantes traços da cultura africana espalhados em todo município.
A então vila foi criada pela ordem régia de 13 de fevereiro de 1699, efetivamente instalada em 27 de junho de1713. Tornou-se, portanto, sede administrativa da capitania do Siará Grande até o ano de 1726, ou seja foi capital do Ceará até o ano de 1726, quando a capital foi transferida para Fortaleza.
Índice
[esconder]Etimologia[editar | editar código-fonte]
O topônimo "Aquiraz" vem do tupi-guarani e significa "Água Logo Adiante". Sua denominação original eraAquiraz, em 1710, "São José de Ribamar do Aquiraz" e desde 1915, novamente Aquiraz. Já o livro Na cidadela das letras sugere que provém do termo tupi Akirá ("gordo"), nome de uma tribo indígena que habitou a região.[10]
História[editar | editar código-fonte]
A história de Aquiraz mistura os primeiros habitante destas terras, os índios potyguara e outras tribos pertencentes ao tronco tupi como osjenipapo-kanyndé,[11] com os portugueses religiosos e militares que vieram habitar esta região visando à catequização dos índios e à proteção do território contra invasões de outros povos europeus. A localidade de Aquiraz conheceu a presença dos portugueses depois que estes resolveram explorar as terras ao norte da ponta do Iguape, na qual foi construído o Reduto Novo.
Aquiraz é conhecida como "a primeira capital do Ceará". Em seu perímetro central, situado em torno da bucólica praça Cônego Araripe, a qual tem traçado de missão jesuítica, encontram-se as principais edificações de interesse histórico arquitetônico do local. Entre elas, podemos citar a imponente Igreja Matriz de São José de Ribamar, construída no século XVIII. O templo apresenta ecletismo no estilo, predominando os traços barrocos eneoclássicos, frutos das várias modificações que passou ao longo dos anos. Destaca-se no nicho central do altar-mor a imagem do padroeiro São José de Ribamar, calçado de botas, relembrando o bandeirante audaz.
Outro monumento importante é a antiga Casa de Câmara e Cadeia iniciada no século XVIII e concluída no ano de 1877. Atualmente, o prédio sedia o Museu Sacro São José de Ribamar, fundado em 1967, sendo considerado o primeiro museu sacro do Ceará e o segundo do Norte-Nordeste. Seu acervo compõe-se de mais de 600 peças de caráter religioso datadas dos séculos XVII , XVIII e XIX, alusivas à fé do povo cearense. O antigo sobradão tem sua arquitetura original bastante conservada, pode-se observar as grades das antigas selas no pavimento inferior, e o assoalho reforçado com vigas de carnaúba na parte superior onde antes funcionava a câmara, o fórum e a prefeitura municipal. A peça mais importante do acervo é uma cruz processional de prata cinzelada datada do século XVIII, herança dos jesuítas que estiveram em Aquiraz.
O Mercado da Carne, hoje Mercado das Artes, século XIX, outrora centro comercial da cidade, impressiona o visitante pela particular técnica de construção, a qual prima pelo uso da carnaúba e do tijolo adobe. Sua parte central era o local de comercialização da carne, a harmonia geométrica da armação do telhado deixa transparecer o caráter arrojado do estilo. Os antigos pontos comerciais, situados na parte externa, foram durante décadas, o coração do comércio da cidade, fato que perdurou até o tombamento do prédio em 1988.
A Casa do Capitão-mor é um raro exemplar do casario setecentista do estado. Conhecida também como casa da Ouvidoria, nome do primeiro núcleo judiciário do Ceará, o singelo edifício é feito com paredes de pau-a-pique, reforçada com amarras de couro de boi, uma referência material ao ciclo econômico das charqueadas, o qual predominou na região durante o século XVIII. A riqueza de detalhes confere ao "antigo palácio" uma atmosfera nostálgica; relembrando um passado distante, marcado por histórias de botijas, fugas de escravos e pela bravura e sagacidade do respeitado e temido "Capitão-Mor".
Os jesuítas que permaneceram por 32 anos (1727-1759), fundaram no local, hoje chamado "sitio colégio", o famoso "Hospício dos Jesuítas". Hospício, no linguajar da época, significava "posto de hospedagem", era lá aonde os padres missionários vinham recuperar suas forças para depois prosseguirem com sua missão de catequizar os aborígenes nos mais longínquos confins da capitania.
A residência apostólica também abrigou o primeiro centro de ensino do estado e seu primeiro seminário, constituindo-se num dos únicos polos difusores da cultura daquele tempo. O que restou do extinto estabelecimento são apenas as ruínas da antiga capela de Nossa Senhora do Bom sucesso, construída em 1753. Há ainda quem acredite numa famosa "maldição". Segundo a lenda, quando os jesuítas foram expulsos, eles profetizaram que um dia o mar haveria de passar sete metros acima das torres da igreja matriz, espalhando o caos por toda a vila. Todos os bens da ordem foram confiscados, porém reza a tradição que parte dessas riquezas permanece escondida em algum recanto daquela velha habitação.
Os escombros das antigas Pontes Imperiais ainda podem ser contemplados nas margens do rio Pacoti. Conta-se que elas foram erguidas com material retirado das fundações do antigo "hospício", quando este foi demolido em 1854.
A riqueza da aristocracia portuguesa de outrora ainda permanece a vista nas ruas do centro de Aquiraz, onde suntuosos casarões remetem aos modelos arquitetônicos de Portugal e do sertão. Algumas influências Mouras prevalecem intactas nas fachadas dos prédios, refletindo assim a opulência daqueles idos, conferindo um estilo "sui generis" ao casario da cidade.
Geografia[editar | editar código-fonte]
Clima[editar | editar código-fonte]
Tropical quente sub-úmido com pluviometria média de 1532 mm[12] com chuvas concentradas de janeiro a abril.[13]
Hidrografia e recursos hídricos[editar | editar código-fonte]
As principais fontes de água são: Rio Pacoti, e a Lagoa do Catú.
Relevo e solos[editar | editar código-fonte]
As principais elevações são: Barra do Pacoti, e as Praias do Batoque, Porto das Dunas, Prainha e Iguape.
Vegetação[editar | editar código-fonte]
Vegetação costeira, cerrado e manguezal.
Subdivisões[editar | editar código-fonte]
A administração municipal localiza-se no distrito-sede, Aquiraz. Em setembro de 2013, segundo o IBGE, o município possuía sete distritos, além da sede: Camará,Caponga da Bernarda, Jacaúna, João de Castro, Justiniano de Serpa, Patacas e Tapera.[5] Tem também bairros oficiais, localizados no distrito sede:
- Piauí
- Porto Das Dunas
- Prainha
- Picão (bairro) recebe esse nome devido uma planta típica da região
Política[editar | editar código-fonte]
Autoridades máximas[editar | editar código-fonte]
- Antônio Fernando Freitas Guimarães
Partido: PSB
- Marcos Callou
Partido: PT
Órgãos municipais[editar | editar código-fonte]
- Centro Administrativo Casa Amarela
- Fórum de Aquiraz
Economia[editar | editar código-fonte]
Agricultura: algodão , banana, caju, cana-de-açúcar, mandioca e feijão. Pecuária: bovino, suíno e avícola.
Tem 23 indústrias, entre as quais cabe destacar a Usibras, e a Granja Regina.
O Centro de Distribuição da JBS Foods foi instalado no município em novembro de 2015.
O turismo é uma importante fonte de renda, devido a cidade velha, sua arquitetura barroca portuguesa, o Museu Sacro São José de Ribamar e as praias do Iguape, Porto das Dunas, Prainha, Marambaia, Barro Preto e Batoque.
Infraestrutura[editar | editar código-fonte]
Transportes[editar | editar código-fonte]
Há três meios de se chegar a Aquiraz, todos via rodovias.
- CE-025 Fortaleza - Porto das Dunas
- CE-040 Fortaleza - Aquiraz (Fora do centro da cidade)
- BR-116 Fortaleza - Aquiraz (Fora do centro da cidade)
Cultura[editar | editar código-fonte]
Os principais eventos são:
- Festejos Do Coo-padroeiro São Sebastião. Suas comemorações são realizadas no mês de janeiro, na praça matriz da cidade;
- São José de Ribamar, o padroeiro. Suas comemorações são realizadas no mês de Março, também na praça matriz da cidade;
- Feira Metropolitana do Artesanato;
- Festa de Nossa Senhora dos Navegantes;
- Festival de Dança do Coco.
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