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Este Blog é para expor publicações periódicas que contribuam para desenvolver atividades artísticas culturais e recreativas dentro de uma postura construtiva através da Pedagogia da Animação, ampliando diversos conceitos da qualidade total nas áreas de Recreação, Folclore, Literatura e Música. Produzindo conhecimentos interdisciplinares no aprimoramento da cidadania.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

PROFESSOR, MUNDO JOVEM

Terça-feira de manhã
Em grupos, nós professores
Chegamos a uma escola
Para uma formação
Que ia tratar do tema:
Os PCN em Ação.
E ali nos reunimos
Tomando uma direção
Para um amplo auditório
Onde se ouviu umas falas
Que ali já norteavam
Rumos pra nossa função.
De repente um matuto
Surge em frente bem trajado
Com cabaças e chocalhos
Pra declamar um poema
E simples em suas cenas
Deixou-nos embriagados.
Após aquele momento
Fomos para a cantina
Saboreamos um lanche
Para na sala adentrar
Mas ainda a relembrar
Aquele matuto falante.
Ficamos todos sentados
Ouvindo a explicação
Para cada um falar
Nome, cidade e função
Diante da professora
Fazer sua exposição.
Foi ela quem começou
Bonita e cheia de vida
Disposta a nos ajudar
Com suas experiências
E com muita paciência
Disse: eu sou a Aparecida.
Fizemos uns combinados
Com um nome diferente
Chamado contrato didático
E por aí foi em frente.
Mas Cida sempre lembrando
É preciso registrar
Pois não podemos perder
Nada que aqui passar.
Com todos os procedimentos
Metodológico e de vida
Nossas expectativas
Queremos logo alcançar
E com a interdisciplina
Nas áreas de conhecimento
Falada a todo o momento
Queremos nos integrar.
Os dias foram passando
Com várias atividades
Vídeos, discussão de textos
E o uso do retroprojetor
Que ali todos os dias
Era usado com rigor.
Mostrava cruzadas e textos
Até mesmo em alemão
Todos liam com atenção
Na parede do colégio
Os conhecimentos prévios
Ajudavam a decifrá-los.
E com aqueles badalos
Chegava-se à conclusão.
Eu fico me lamentando
Por minhas próprias ações
Entro tarde e saio cedo
Mas vou explicar a razão:
A culpada não sou eu
Desculpe-me professora
Pois a culpa é do transporte
Que tem outra obrigação.
A sua obrigação
É buscar cada estudante
Crianças, jovens e adultos
Lá no seu interior
Onde vive o morador
Para estudar na cidade
Desenvolver sua capacidade
E deixá-los onde os pegou.
Ao ler a minha memória
Todos olhavam espantados
Talvez dizendo: coitada!
Porque eu tremia demais
É que naquele momento
Aflorou minha emoção
Parecia está revivendo
Aquela escravidão.
Ali, naquele relato,
Não li, contei minha história.
História não, sofrimento.
Pois passei por maus bocados.
Porém tenho-os gravados
No fundo do coração.
Mas eles não me dominam
Concluí com decisão
Até mesmo me ajudaram
Na escolha da profissão
Pois sendo uma professora
Tenho o poder nas mãos
Para mudar essa história
Do aluno não ter razão.
Para isso acontecer
Eles precisam de nós
Que hoje estamos com a voz
E com o poder da mudança.
Ainda tenho esperança
Que esse dia chegará
E a ESCOLA será
Um lugar bem atrativo
Onde o aluno é movido
Por PAZ, CARINHO e ATENÇÃO
E com AMOR no coração
Torne-se um SER produtivo.
Rosângela Maria SilvaJoão Câmara, RN

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

ARIANO SUASSUNA, UM ADEUS AO GRANDE MESTRE EM CORDEL, MUNDO JOVEM

Ariano Suassuna: um adeus ao grande Mestre em cordel

Cordel


Venho homenagear
O Senhor Armorial
ARIANO SUASSUNA
Um artista sem igual
Sua vida, sua história
Seus causos e sua glória
De fama internacional.
Morreu uma grande estrela
Que subiu, foi lá pro céu
ARIANO SUASSUNA
Igual métrica de cordel
Encantou com sua história
Na vida teve vitória
Verdadeiro menestrel.
Verdadeiro menestrel
Que cantou nosso Nordeste
Ariano, em prosa e verso
Foste um verdadeiro mestre
Deslumbrar nossa nação
Alegrar todo povão
Foi pra isso que vieste.
Da Academia de Letras
Foi o sexto ocupante
Na Cadeira 32
Tua história foi marcante
Em 3 de agosto eleito
Em 89 aceito
Como um escritor brilhante.
Nasceu em João Pessoa
No ano de vinte e sete
Lá em 16 de junho
Fato que se fez manchete
O menino então cresceu
E pro mundo, apareceu,
Esse nosso grande mestre.
É filho de João Urbano
E Rita de Cássia Dantas
Ariano é um mito
Que a todo Brasil encanta
É expressão popular
Respeitado além-mar
Sua arte nos suplanta.
Em Taperoá viveu
Fez seus primeiros estudos
Viu peças de mamulengos
O menino sabe-tudo
Assistiu a violeiros
E as histórias dos vaqueiros
O formou em dramaturgo.
O formou em dramaturgo
Das coisas do meu sertão
Peças, poemas, romances
Que respeitam a tradição
Do Nordeste brasileiro
Do homem simples, roceiro
Que transpira emoção.
Suassuna é a lenda
Suassuna é nordestino
Professor, advogado,
Rubro-negro foi destino
Na arte ele encantou
Dançou, escreveu, cantou
Como se fosse um menino.
Fez "A Pena e a Lei"
Farsa da boa preguiça
A Caseira e a Catarina
O rico avarento e a cobiça
Fez O Arco Desolado
Obras de muito agrado
Obras que nos enfeitiça.
O castigo da soberba,
Casamento suspeitoso,
Também O Santo e a Porca
De enredo maravilhoso,
Auto da Compadecida,
Essa santa tão querida
Eita! Livro glorioso!
Romancista de primeira
Sua obra nos fascina
É grande representante
Da cultura Nordestina
Do teatro à poesia
Tudo fez com maestria
Sua arte é genuína.
No romance se destacam
A História de amor
de Fernando e Isaura,
Obra de grande valor,
Romance, A Pedra do Reino,
Esse livro foi um treino
Desse grande criador.
Na poesia é destaque,
O pasto incendiado,
Sonetos com mote alheio,
Ode, livro respeitado,
Os Sonetos de Albano,
E para o grande Ariano,
Poemas, é livro amado.
Ariano Suassuna,
Feito a métrica do cordel,
No nome tem sete sílabas,
É um grande menestrel
Da cultura brasileira,
Ele foi grande bandeira
Foi o nosso bacharel.
Tem vários livros escritos
No velho e bom Português,
Outros livros traduzidos
Pro inglês e o holandês,
Pro francês, o italiano
Espanhol e coreano,
Alemão e polonês.
Sua vida, sua obra,
Tem um tom bem genial
Criou na nossa cultura,
O Movimento Armorial,
Na cultura nordestina
Sua arte nos ensina
Ariano é imortal.
Sua arte nos fascina,
Sua obra nos constrói,
Ariano diz bem alto,
Que a injustiça dói,
Suassuna é aroeira,
Ariano é a madeira
De lei que cupim não rói.
Dar adeus a este gênio
De fama internacional,
É momento de tristeza,
Uma perda sem igual,
Porém ele vai morar
Na arte, no poetar
Da cultura nacional.
Paraibano, escritor,
Da arte foi um jardim,
Dramaturgo, professor,
Artista tupiniquim,
Do Brasil, foi o xodó
Como dizia o Chicó
"Não sei, só sei que foi assim".
Carlos SoaresCupira, PE