INICIO

Este Blog é para expor publicações periódicas que contribuam para desenvolver atividades artísticas culturais e recreativas dentro de uma postura construtiva através da Pedagogia da Animação, ampliando diversos conceitos da qualidade total nas áreas de Recreação, Folclore, Literatura e Música. Produzindo conhecimentos interdisciplinares no aprimoramento da cidadania.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

PROFESSOR - ROSÂNGELA MARIA - MUNDO JOVEM




Professor

 

Cordel
Terça-feira de manhã
Em grupos, nós professores
Chegamos a uma escola
Para uma formação
Que ia tratar do tema:
Os PCN em Ação.
E ali nos reunimos
Tomando uma direção
Para um amplo auditório
Onde se ouviu umas falas
Que ali já norteavam
Rumos pra nossa função.
De repente um matuto
Surge em frente bem trajado
Com cabaças e chocalhos
Pra declamar um poema
E simples em suas cenas
Deixou-nos embriagados.
Após aquele momento
Fomos para a cantina
Saboreamos um lanche
Para na sala adentrar
Mas ainda a relembrar
Aquele matuto falante.
Ficamos todos sentados
Ouvindo a explicação
Para cada um falar
Nome, cidade e função
Diante da professora
Fazer sua exposição.
Foi ela quem começou
Bonita e cheia de vida
Disposta a nos ajudar
Com suas experiências
E com muita paciência
Disse: eu sou a Aparecida.
Fizemos uns combinados
Com um nome diferente
Chamado contrato didático
E por aí foi em frente.
Mas Cida sempre lembrando
É preciso registrar
Pois não podemos perder
Nada que aqui passar.
Com todos os procedimentos
Metodológico e de vida
Nossas expectativas
Queremos logo alcançar
E com a interdisciplina
Nas áreas de conhecimento
Falada a todo o momento
Queremos nos integrar.
Os dias foram passando
Com várias atividades
Vídeos, discussão de textos
E o uso do retroprojetor
Que ali todos os dias
Era usado com rigor.
Mostrava cruzadas e textos
Até mesmo em alemão
Todos liam com atenção
Na parede do colégio
Os conhecimentos prévios
Ajudavam a decifrá-los.
E com aqueles badalos
Chegava-se à conclusão.
Eu fico me lamentando
Por minhas próprias ações
Entro tarde e saio cedo
Mas vou explicar a razão:
A culpada não sou eu
Desculpe-me professora
Pois a culpa é do transporte
Que tem outra obrigação.
A sua obrigação
É buscar cada estudante
Crianças, jovens e adultos
Lá no seu interior
Onde vive o morador
Para estudar na cidade
Desenvolver sua capacidade
E deixá-los onde os pegou.
Ao ler a minha memória
Todos olhavam espantados
Talvez dizendo: coitada!
Porque eu tremia demais
É que naquele momento
Aflorou minha emoção
Parecia está revivendo
Aquela escravidão.
Ali, naquele relato,
Não li, contei minha história.
História não, sofrimento.
Pois passei por maus bocados.
Porém tenho-os gravados
No fundo do coração.
Mas eles não me dominam
Concluí com decisão
Até mesmo me ajudaram
Na escolha da profissão
Pois sendo uma professora
Tenho o poder nas mãos
Para mudar essa história
Do aluno não ter razão.
Para isso acontecer
Eles precisam de nós
Que hoje estamos com a voz
E com o poder da mudança.
Ainda tenho esperança
Que esse dia chegará
E a ESCOLA será
Um lugar bem atrativo
Onde o aluno é movido
Por PAZ, CARINHO e ATENÇÃO
E com AMOR no coração
Torne-se um SER produtivo

POESIA É FINGIMENTO - CARLOS SOARES, MUNDO JOVEM




Poesia é fingimento

 

 

Poeta
Poesia é fingimento
Poesia é criação
É a arte da palavra
É pura inspiração
Sentimento aflorando
Do fundo do coração.
Poesia é realidade
Poesia é ficção
É pensamento fluindo
É a voz da emoção
É subjetividade
Transformada em razão.
Poesia é verdade
É mentira, é visão
Às vezes, é abstrata
Outras, concretização
Concretiza o amor
Concretiza a paixão
Poesia é estrutura
É forma, composição
É lapidação do verso
Métrica, rima, oração
É o cordel encantado
Trazendo imaginação.
Os versos podem ser livres
Não ter metrificação
É poesia moderna
Que segue o coração
Do escritor, do artista
Procurando ostentação.
Poesia é harmonia
Total manifestação
De beleza, de estética
Retrata a meditação
Do escritor, do poeta
Pra sua reflexão.
Poesia é tudo aquilo
Que desperta comoção
É sentido figurado,
É coração, é razão
Concretiza o abstrato
Encanta qualquer cristão

domingo, 30 de agosto de 2015

ARIANO SUASSUNA, UM POUCO DA SUA HISTÓRIA,CORDEL - MUNDO JOVEM




Ariano Suassuna, um pouca da sua História

Cordel

Pensamentos se voltam
Pra falar de um herói
Em versos mau rimados
Feitos por nós
Viajar com Ariano
Nossa turma constrói.
Senhora das Neves
Sua cidade natal
João Pessoa atual.
Seu pai João Suassuna
Oito de nove
Filho da arte ideal.
Sua mãe Rita de Cássia
Seu marido pereceu
Novo e órfão de pai
Ariano 87 anos viveu
"O Espetáculo Belíssimo"
Ele mereceu.
Ariano Suassuna
Foi bom escritor
Personagens ele criou
Teve pai governador
Fez Chico e João Grilo
No cinema foi produtor.
O texto mais popular
Do teatro Brasileiro
" O Alto da Compadecida "
Percorreu o país inteiro
Traduzido em outras línguas
Seguiu outro roteiro.
Em concurso brasileiro
No cinema estreou
Ganhou medalha de ouro
Esse filme que projetou
Dentre as obras expressas
Essa o povo adorou.
Em Taperoa foi morar
Buscar recuperação
Da doença no pulmão
Não foi grave não
Lá surgiu a peça
"Tonturas de Um Coração"
O sol nos recobre
Com sua luz reluzente
"Uma Mulher vestida de Sol "
No meio de muita gente
Em concurso nacional
Ganhou um grande presente
Seu primeiro livro
Que logo foi editado
Com o nome de " ODE "
O conteúdo criado
Foi por ele traçado
Cada verso contemplado
No país Brasil amado
Saudades deixou
Seu lugar ficou marcado
A cadeira 32 ocupou
Na Academia Brasileira de Letras
Seu retrato ficou
Em Direito se formou
De Estética foi professor
Do teatro regional
Foi o fundador
Na biografia entendemos
A história desse autor
Nossa turma
Consciente do seu valor
O 4° ano homenageia
Esse saudoso escritor
Que nos deixou de herança
Obras do ilustre autor
Agradecemos a Deus
O artista que ele criou
Foi uma estrela na Terra
Que Jesus enviou
Por consequência da vida
Jesus Cristo precisou
Pra fazer festa no céu
Brilhar com as estrelas
Expor suas obras
Na Via Lacta inteira
Refletir sobre a Terra
A cultura brasileira

sábado, 29 de agosto de 2015

GONZAGA, O REI DO BAIÃO - BARREIRO GRANDE, MUNDO JOVEM





Gonzaga, o rei do baião

 

 

cordel

Quando falo de Gonzaga,
Estremece a minha mão,
Minhas pernas ficam fracas,
Sobe até minha pressão,
A lembrança é de berço,
Faço tudo e não me esqueço,
De Luiz rei do Baião.
Aquela sanfona branca,
A cara de Gonzagão,
Os xotes dos pés de serra,
Era grande a emoção,
Falo pra qualquer pessoa,
O único dono desta coroa,
Gonzaga o rei do baião.
Começou tocar forró,
Não tinha vergonha não,
No Crato e no Juazeiro,
Do Padre Ciço Rumão,
Era um grande sanfoneiro,
Tocou e ganhou dinheiro,
Luiz o rei do baião.
Dezoito anos incompleto,
Botou a mala na mão,
José Dantas fez as músicas
No Rio, ele virou barão,
Como já era sanfoneiro,
Tocou até no estrangeiro,
Se deu bem o Gonzagão.
Depois de dezesseis anos,
Voltou para seu torrão,
Chegou ali de madrugada,
Januário de pé no chão,
Ouviu um cabra lhe chamando,
Abriu a janela e observando,
Pra cara de Gonzagão.
Vem Santana sua mãe
Que lhe abraçou com emoção
Foi falando: toca Luiz,
E ele com precisão,
Para todos ali tocou,
E para o seu pai demonstrou,
Quem seria o rei do baião.

Por isso que eu o respeito,
O cantador do sertão,
Mas este está na história,
Dentro do meu coração
Para mim é o primeiro,
E todos os sanfoneiros,
Sente a falta de Gonzagã

CORDEL DE PJMP -GEISA DAMASCENO MACAJUBA, BA - MUNDO JOVEM




Cordel da PJMP

Juventude


• 1-Olá juventude
• E comunidade amiga
• Contarei uma história
• Da luta de nossas vidas
• De uma juventude organizada
• Que há 37 anos
        persiste em caminhada.
• 2-Em 9 de julho de 78
• A PJMP em Recife surgiu
• Com o empenho de Dom Hélder
• Um dos fundadores da CNBB
• Quatro vezes indicado
         Para ser o premiado
         Com o Nobel da Paz,
•  E com dedicação
        mostrou que era capaz.
3-Já em 82 o Jleaô surgiu.
• Falando da realidade
• Dos Pejoteiros do Brasil
• Foi o nosso querido Gogó
• Que em coletividade
• Em Juazeiro o produziu.
• 4-Daí em diante
• Só tivemos conquistas
• Lutando com dificuldades
• Dedicando nossas vidas
• Vivenciando o rosto de Cristo
• Entre as pessoas + sofridas.

• 5-Desde 85 comemoramos
• Os DNJS
• São 30 anos
• De lutas, conquistas e vitórias
• Lutas constantes
• Que marcaram nossa história.
• 6- É uma juventude
• Que Luta, que reza
• Festeja e Anuncia
• Com toda certeza
• Tenham Fé
• Preserve a vida  e a  natureza!
• 7-A nossa espiritualidade
• É Vivenciar nossa Fé
• Mística, Mistério...
• O que nos mantém de Pé.
• 8-É preciso partir
        do ponto de vista
• Fé e Vida
• Anunciar a proposta do Reino
• Ser irmão e companheiro
• Sal e Luz
• No mundo inteiro.
• 9-Políticas Públicas,
• Políticas de inclusão
• Que promovam a vida
• E protejam o cidadão.
• Onde estão essas políticas?
• Será que em outra nação?
• 10-Trabalhamos vários temas
• Que valorizam a vida
• Mas a Juventude é julgada
• Banida e Excluída.
• 11-Onde está a segurança?
• Somos vítimas sociais
• Gritemos por nossos direitos!
• Mostremos do que se é capaz
• Pois é a organização
• Que Transforma a Nação.
• 12-Temos em nossas mãos
• Um sonho em mutirão
• Marchamos contra a violência
• Contra a criminalização
• Queremos traçar planilhas
• Para a juventude, a inclusão.
• 13-E para finalizar
• Lembremos do Pe. Gislei
• Que comprometido com a vida
• Lutava noite e dia
• E foi assassinado
• Pelo mal que combatia.
Geisa Damasceno Macajuba, BA

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

INDIO, SIMPLESMENTE INDIO, PAULO ODAIR SILVA - MUNDO JOVEM





Índio, simplesmente índio

 

 

Índio
A mata, desmatada.
Nosso povo humilhado,
Nossa terra roubada,
Nosso povo escravizado.
Plantas medicinais,
Em mãos de multinacionais,
Que roubadas, de forma cínica,
São exportadas e retornam
A  preço de ouro, cheias de química.
Somos uma sociedade milenar,
Temos muito a ensinar.
Para que moto-serra?
Se é tão fácil cuidar da terra,
Preservando a natureza.
Porque assim, com certeza,
Teremos ar melhor para respirar.
O homem-branco,
Fez o seu próprio barranco,
Que está prestes a desmoronar.
O rio está secando,
A temperatura do ar aumentando.
Pejorativamente, dizem que somos ¨índios¨.
Mas não somos nós
Que, com a natureza, estamos acabando.
Somos ÍNDIOS, sim!!
Um povo CIVILIZADO,
Que trata a natureza, a terra, com cuidado,
Para não morrermos de maneira vulgar,
Como vai morrer esse homem branco marginalizado!!!
Somos ÍNDIOs, simplesmente, ÍNDIO somos!!!

Paulo Odair Silva

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

APOLOGIA DAS ÁGUAS - FRANCISCO GOMES DA SILVA - MUNDO JOVEM

Apologia das águas

Cordel

A
Aguo folhas em verso
Cuja tinta molhada traça
No objeto deste universo
Ultimato à nossa raça,
Predadora de si e demais:
Mais zelo aos mananciais
Para evitar nossa desgraça!
B
Base deste próprio corpo
Templo da centelha divina
Símbolo deste nosso porto
Em dois terço se dissemina
Gerando vida exuberante
Nesta nave itinerante -
Terra nossa que fascina!
C
Corrente em nossas veias
Formando todos os sistemas,
Biodiversidade de cadeias,
Configuram-se seus emblemas:
Tépidas, frias e cálidas...
Sem-fim de nuances válidas!
Pancromática fita em temas.
D
Destarte este poeta advoga
Mesmo sem ser em tese douto,
Todavia, em vez duma toga,
Veste seu verso solto,
Arguindo singela defesa
Ao símbolo da natureza,
Eis multiforme desenvolto.
E
Enquanto esta seiva prover,
Cedendo a potabilidade,
Transmutada em seu mister,
Inda que sem equidade
Conforme a lente no espaço
Monitora cada pedaço
Há de haver fé em perenidade...
F
Fé na justa distribuição
Do hidromapa brasileiro...
Apelo de uma população
Sofrida em terreno sequeiro,
Refém dum fato sazonal
Que provoca muito mal
Ao sertanejo caatingueiro.
G
Gosto, desejo e aptidão
São importantes fatores
De uma aquática vocação
Desde amnióticos vetores
Código-fonte da vida
Genoma de gente atrevida
Que ora segrega seus valores:
H
Hidrogênio em dois volumes
Mais um de oxigênio expressa
Esta fórmula que resume
Uma divina promessa
Nossa rápida passagem
Neste bonde de viagem -
Arca do Criador professa.
I
Ilustre bebida harmoniosa
Com sua física propriedade -
Sólida, líquida ou gasosa
Indexa o sistema de unidade
Decimal, métrico e térmico;
E do seu ciclo hidrológico
A graça da pluviosidade.
J
Justiça seja feita ao gole
(Insípido quanto inodoro)
Cultura de nossa prole
Água sagrada que adoro
No azul das profundezas (oceanos)
Ou matizes das naturezas
De cada rio que exploro:
K
Kadiweu! Ou seria cadê eu?
Rio e tribo explorados
Cuja cultura se perdeu
No Pantanal sob arados
Do homem inescrupuloso
Que só vê o solo pastoso
E desrespeita antepassados...
L
Legado da humanidade,
a água doce dos rios,
nicho da biodiversidade,
algumas veias que denuncio:
Talvegues do Pantanal ,
Rios da ilha do Bananal,
Araguaia,Tocantins!...Invade!
M
Maltrata sua mata ciliar,
Envenena seus mananciais,
Pelo lucro peculiar
Vende plantas e animais
Ao mascate estrangeiro
que aqui faz seu roteiro
de busca transnacionais.
N
Navegando ainda rio a rio
Chegamos na bela Amazônia,
Madeira-Mamoré se sitio,
Sigo rumo a Rondônia
Na Hidrovia do progresso
Um mundo d´água atravesso
Um Brasil de parcimônia.
O
Oiapoque, Tumucumaque,
ouro e plata em abundância -
Ouve-se a catarata e o baque
ostentando a ressonância
Obra muito maravilhosa
Olho d`água melodiosa
Oxalá e seu atabaque
P
Paraíso da fase terrena
Da vida de muitas nações
Navegando em água amena
Rumamos para os sertões
Saímos da Aqualândia
Chegamos na Caatingalândia
Terra das lamentações
Q
Que natureza estranha!
Outrora os rios tão cheios
Agora seca tamanha,
No Velho Chico e seus veios
Que devido ao grande abuso
Deixa seu leito confuso
E o ribeirinho em devaneios!
R
Rios afluentes temporários
Fazem do São Francisco
Muitas vezes tributário
Que expõe iminente risco
De total esgotamento
Associado ao assoreamento
deste vale em confisco
S
Sugado em muita demasia
O Jordão do nordestino
Quase perde sua primazia,
Se comparado ao palestino,
Embora tão mais extenso
Porém nem tanto pretenso
Ao rio do povo que fascino.
T
Trecho a trecho percorrido
Em tão diverso panorama
As águas que eu elucido
Da terra de Pindorama
Também correm no subsolo,
Aquífero Guarani arrolo,
Testemunha dum programa...
U
...Um lençol debaixo da terra
De São Paulo à cisplatina
Reserva que em si encerra
Mais uma bênção divina:
País mais rico do mundo
Neste bem tão profundo
Que toda sede elimina.
W
Warrant tão contestado
Pelo direito de ingerir
Este bem mal gerenciado
Que o povo quer usufruir
A água fonte de vida,
A todos deve ser servida
Agora e em todo porvir.
V
Viver depende de água
Na equação do Criador,
Para vivermos sem mágoa,
Temos que ser zelador,
Setenta por cento nos dois
Homem e terra Ele pôs
Água Fonte de vida e amor.
X
Xabocos, lagos e açudes,
Artificiais ou naturais,
Rio, riacho, arroio, pude
Considerar como canais
Da fonte de vida corrente
Que ainda sou aprendente
Das lições dos mananciais
Y
Yin e yang hexagrama global-
Princípios de filosofias -
A água nossa fonte vital,
Sinal de início e fim dos dias
São partes do mesmo universo
Do tempo e espaço adverso
Origem do ser que anuncia:
Z
Zerar toda sede e fome
Do povo pobre e carente
Que a miséria o consome
Nesta conjuntura doente;
Que a vida seja fraterna,
justa e digna quanto eterna
que a paz esteja presente



Francisco Gomes da Silva Campinas, SP

terça-feira, 25 de agosto de 2015

DIDÁTICA MATEMÁTICA - MUNDO JOVEM- DAIRI JOSÉ ANTONIO DUARTE CORDEIROS





Didática Matemática

 

 

Cordel
O π (PI) era um cara envergonhado
E um tanto desconhecido
Mas passou a ser usado
Com valores enlouquecidos
Todo mundo o conhecia
Mesmo assim ninguém sabia
Qual valor era o mais certo
Reinventaram a Matemática
Para fazer outra temática
Ser o π (PI) seu objeto
Mas foi em sua prática
Que o π se aventurou
Mudou a Matemática
E o π então se casou
Foi morar na Rua Delta (Δ)
Teve os filhos Alfa (α) e Beta (β)
Com sua esposa Geometria
Essa que se apaixonou
Quando o π ela encontrou
No centro da Trigonometria
Sem potência se afirmava
Para não viver só de Fração
Mas ninguém se arriscava
A discutir sua solução
Seu valor não tinha uma lógica
Não era dízima periódica
Não vivia uma vida radical
Nos seus lados de Estatística
Sua pura imagem crítica
De um número irracional
E voltando à nossa estética
O objetivo é inovar
Buscam-se novas técnicas
Para a Matemática ensinar
Para que serve isso aqui?
Que exercício não repetir?
Que desafio aplicar?
Qual é o ponto de referência
O caso de congruência
Do saber reinventar?
Se a base está errada
E o ângulo não é reto
Não é culpa da Raiz Quadrada
Se o cubo não está correto
O papel do professor
É tornar-se um ator
Nesse palco de apatia
Com uma nova didática
Reinventar a Matemática
Através da tecnologia

Pede-se que se adote
Novos métodos de ensino
Mas não nos dão suporte
Para sair desse desatino
Inventaram o computador
Que não é professor
E sozinho não vai trabalhar
Para surgir novos valores
Somos nós, os professores
Que temos que nos reinventar.
É preciso que fujamos
Dessa linha de exercícios
De fazerem ser o que não somos
Sermos sempre o sacrifício
O pensamento é o predomínio
Da lógica e do raciocínio
Da hipótese e criatividade
Da didática ilegítima
Adotada eu sou a vítima
Com um prazo de validade.
Dialoguei com a memória
Sem saber o que falar
Vi a Análise Combinatória
Com a Contagem se estranhar
E expus o meu dilema
Qual seria o problema
Como iria resolver?
Porque o livro que “auxilia”
Em suas páginas não trazia
Nada novo para fazer.
E eu, pobre Professor,
Me argumentei desconsolado
Como ser inovador
Em um sistema ultrapassado?
Nem o Sistema Linear
Conseguiria se arranjar
Nessa Matriz de indecisões
Onde a Probabilidade de acertar
É a mesma de errar
Nesse mundo de indagações.
Jogar com a Matemática
Pode ser a maior saída
Mas qual seria a didática
Para competir com a vida?
Até a própria Equação
Se cansou de tanta Função
Que a Circunferência não gira mais
No Círculo dessa estética
Vejo a Esfera aritmética
Dando voltas para trás.


Dairi José Antonio Duarte Cordeiros, BA