Este Blog é para expor publicações periódicas que contribuam para desenvolver atividades artísticas culturais e recreativas dentro de uma postura construtiva através da Pedagogia da Animação, ampliando diversos conceitos da qualidade total nas áreas de Recreação, Folclore, Literatura e Música. Produzindo conhecimentos interdisciplinares no aprimoramento da cidadania.
O baião não tem dono. Seu criador perdeu-se na noite dos tempos. Faz parte do folclore autêntico. Medrou no seio da população nordestina, nos sertões bravios, na bagaceira, no corte de cana, nos brejos e nos pés de serras. Como seu nome bem o indica, origina-se de baiano. Perdeu a terminação do ano, com o acréscimo de ião, tão a gosto do falar nordestino.
É a música que impera nos sertões, na viola dos cantadores, no Maneiro- Pau, no Reisado e no zabumba de couro, ao lado de outros motivos, em menor proporção.
Dança é cadência rica de embalos e trejeitos
Os pifreiros, zabumbeiros, caretas de reisados sabem os segredos de todos os seus passos. O Nordeste popular é impregnado do baião primitivo.
LUIS GONZAGA tem o seu mérito incontestável Foi ele, com sua sanfona e composições originais , o verdadeiro divulgador do baião por este mundo afora. Ele nunca se proclamou o criador da música de que se tornou o maior divulgador e estilizador. Foi quem a disseminou tornando -a conhecida e apreciada no próprio Brasil e além de suas fronteiras.
É um conjunto musical de sopro e percussão, do cariri e regiões vizinhas. Tocam marchas, galopes, modinhas , dobrados e baião.
Uma banda cabaçal é constituída de dois zabumbas e dois pifres (pífanos). O conjunto é utilizado em danças comuns e danças dramáticas.
A banda cabaçal fornece também música para as festas populares, festas da rua e festas religiosas.
Nas casas onde não é possível armar um presépio, costumam-se fazer uma lapinha.
A lapinha é o presépio do pobre. É feita num recanto da sala principal.
Diz a tradição popular que quem não puder fazer um presépio deve ao menos, fazer uma lapinha para ser abençoado durante o ano inteiro.
A partir da noite de 2 a 6 de janeiro comemora-se as festas de Reis. Veneração dos Reis Magos.
Bandos de rapazes e moças, com instrumentos musicais, saem à noite visitando residências de familias conhecidas, imitando os Reis Magos que viajavam para a manjedoura de Belém. Os visitantes cantam, louvam e pedem óbulos. Chegam à porta de uma casa onde todos dormem e cantam:
"Acordai quem está dormindo."
Os donos da casa dão presentes ou ofertam dinheiro. Às vezes oferecem bebidas, bolos ou café "acompanhado". Depois cantam dois ou três versos de agradecimento e se retiram.
Quando os primeiros albores da madrugada vêm surgindo, o grupo de foliões se dissolve, para reunir-se novamente à noite.
A marujada é um folguedo muito antigo originário de Portugal. É um capítulo dramatizado das lutas trágicas das grandes conquistas náuticas do povo português, sabiamente, sabiamente aproveitada pelos padres catequistas. O jesuíta era conhecedor da alma do povo. Através do conhecido, iniciativa a ensinar o desconhecido.
Em várias cidades do Ceará, na zona do litoral, ainda se realiza este folguedo.
MISSA DO GALO
É um dito criado pelo povo, é uma expressão folclórica,
Desde o alvorecer do cristianismo que se festeja no mundo católico a festa do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Foi o Papa Júlio I que no ano 376 fixou a data de 25 de dezembro para as comemorações do Natal.
Cem anos mais tarde outro papa reinante permitiu que os sacerdotes celebrassem três missas neste dia. A primeira missa que é a meia noite, veio ser chamada popularmente Missa do Galo. Isso porque, segundo a crença popular, quando Jesus nasceu o galo do céu cantou e o galo da Terra que estava, que estava sobre a manjedoura, também cantou: - Cristo nasceu!... O boi que estava atento, perguntou com o seu mugido:
-Aonde? Um carneiro branco e inocente respondeu: - Em Belém.
Um capote teria dito: - tão fraco, tão fraco, tão fraco.
Certo peru que fazia "roda" gritou numa blasfêmea: - Degola, degola, degola,
Fazia frio, e a vaca e o jumento começaram a bafejar sobre o menino para aquecê -lo.
Todos ficaram abençoados. Menos o peru e o burro. O peru disse a blasfêmea e o burro comeu o capim do estábulo.
As noites de S. João, com as suas poesias, seus encantos, suas legendas, crenças e seus alegres folguedos, constitui ainda hoje uma das festas mais divertidas, mais apreciadas pela gente boa e ingênua dos nossos sertões.
Bem adverte a musa popular/;
"O que não fizer fogueira
Na noite de São João
Fica odiado do povo
Tem fama de mau cristão.
Da fogueira o seu clarão
Nos alegra nos faz bem.
Viva o Senhor São João
E os seus devotos também.
A falta mais agoureira
Conhecida no sertão
É não fazer uma fogueira
Na noite de S. João."
"Há muita gente, de mediana cultura, que sente dificuldade em definir o folclore como arte e ciência. O Folclore na definição de mestres categorizados:
É o estudo da mentalidade popular.
É o patrimônio de tradições que possuem todos os povos. Esse patrimônio se transmite oralmente e é defendido e conservado pelos costumes. É o milenar no quotidiano, o remoto no presente, a antiguidade integrada nos dias atuais..."
Luis da Câmara Cascudo
"É o tratado da subculcultura seja material ou espiritual, elaborada coletiva e tradicionalmente."
Marisa Monte
"É tudo o que se conhece entre o povo por tradições e também a herança dos séculos passados."
Lemoine
"É o conjunto das crenças coletivas sem doutrina e das práticas sem teoria. Brota dos porões do inconsciente e aflora nanifestações artísticas."
Arthur Ramos
" Folclore é um ramo da antropologia cultural que estuda a expressão do sentir, do pensar, do agir e do reagir do homem na sociedade em que vive,"
Alceu Maynard Araújo
"É o relato das tradições não escritas do povo, tal como aparece na imaginação popular, nos costumes e crenças, nas magias e ritos."
Gustavo Barroso
Aristóteles, grande filósofo grego da antiguidade, que viveu há trezentos anos antes de Cristo, definia o que hoje se chama folclore como reliquias máximas rerum humanarum o que significa: antigas e grandes lembranças sempre novas da humanidade.
O saudoso escritor cearense Filgueira Sampaio escreveu um Manual Didático intitulado: ABC DO FOLCLORE, para atender as exigências do ensino renovado.
FILGUEIRA SAMPAIO "Embaixador da Cultura Popular do Ceará "
" A ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE FOLCLORE é a enseada acolhedora onde devem cair todas as águas da fidelidade cultural do Ceará. Guarda do Povo, sinônimo de Eternidade" (LUIS DA CÂMARA CASCUDO)
No ABC DO FOLCLORE páginas 11 e 12, encontramos : OS ASPECTOS DO FOLCLORE CEARENSE.
O Autor enaltece o nome de inúmeros defensores intelectuais da cultura cearense vinculados ao Movimento da defesa do Folclore Brasileiro.
No inicio da história do Folclore cearense é válido lembrar os nomes de: Leonardo Mota, Barão de Studart, Juvenal Galeno e Gustavo Barroso.
SEXTILHAS - LEMBRANDO O MEU QUERIDO CEARÁ (Maria Adalzira de Oliveira - Zaza)
1-Ministério da cultura
Usando da atribuição
Criou o Dia do Folclore
Inciso da Constituição
Humberto Castelo Branco
Presidente em ação.
2-O folclore cearense
Tem bela autenticidade
É bem diversificado
E a sua variedade
Do sertão a capital
Demonstra espontaneidade.
3-A Associação cearense
Filiada a brasileira
Preservava os costumes
Na formação verdadeira
Muitos colaboradores
Como o padre Antonio Vieira.
4-Patriotas inesquecíveis
Voluntariado legal
Na defesa do folclore
Movimento cultural
O Filgueira presidente
Da Associação estadual.
5-Um professor esforçado
Com muita dedicação
Escritor conceituado
Na área da Educação
Um grande educador
Excelente cidadão.
6-A Pedagogia do folclore
Hoje é muito diferente
Uma ciência importante
Que agrada a muita gente
Sadio nacionalismo
Um espetáculo decente.
7- O Folclore na Escola
Desenvolve o bom humor
Alegra a criança triste
Despertando muito amor
A tradição e as crenças
A raça, a alma e o valor.
8-Preservar nossa cultura
É a nossa obrigação
Nas belas festividades
Alta significação
De um Ceará brasileiro
Honrando a tradição.
9-Na história do folclore
Vem a antropologia
Uma essência importante
Como a sociologia
Tratado da raça humana
É a etnografia.
10- As lendas impressionam
Parecendo ser real
Mitos e superstições
Refletem a vida real
O folclorista afirma
Que tudo é natural.
11- Sabedoria popular
Mostra ingenuidade
Diverge a vida do campo
Com a vida da cidade
No entanto, o povo entende
E dar continuidade.
12-Belas manifestações
Bumba- meu- boi, vaquejada
As noites de São João
Que a toda gente agrada
A dança de São Gonçalo
É uma grande jornada.
13-Artes folclóricas destaca
Almofadas e pilão
Belas redes de dormir
Chapéu de couro e gibão
Papagaio de papel
Figurinhas e pião.
14-Sabedoria do povo
Na expressão popular
Adivinhação e reisado
E as cantigas de ninar
Os cantadores de viola
São aptos para afirmar.
15-Um modismo, uma arte
Folguedos, usos, poesia
Provérbios da antiguidade
Parlendas é alegria
Para as gerações futuras
Viverem no dia- a- dia.
16-Luis da Câmara Cascudo
No folclore Nacional
É o papa do folclore
Um nome universal
Nordestino folclorista
Grande intelectual.
17-Gramático historiador
Lembramos de João Ribeiro
Dedicado ao assunto
Do folclore brasileiro
O Ceará enaltece
Este mestre verdadeiro.
( UM CABOCLO PERGUNTOU AO PATATIVA DO ASSARÉ. O QUE É FOLCLORE. ELE DEFINIU ATRAVÉS DE VERSOS. ABC DO FOLCLORE- PÁGINAS 22 E 23)
RECORDANDO O PATATIVA DO ASSARÉ
- Antonio Gonçalves da Silva
Patativa do Assaré
Um poeta universal
Garante que folclore é
Uma cangalha de palha
De palmeira ou catolé.
- É o aboio magoado
Do vaqueiro na amplidão
Carro de boi e gaiola
É debulha de feijão
Lobisome e alma penada
Do nosso pobre sertão.
- Acrescenta a brincadeira
Chamada maneiro pau
Pirão em prato de barro
E a tradição do girau
A toadinha da ciranda
E a carrocinha de pau.
- O notável compositor
Diz que teve pouco estudo.
Romão Filgueira Sampaio
Mainar e Câmara Cascudo
Referente a folclore
É eles que sabem tudo.
- Auto didata brilhante
Nascido no Ceará
Livros e versos famosos
Cante lá que eu canto cá
Fez sucesso e encantou
Vaca estrela e Boi fubá.
-Gênio da literatura
A Terra é Naturá
Chamado A VOZ DA POESIA
Do querido Ceará
Mestre e doutor homem sábio
A inspiração Deus dá.
-Patativa foi o máximo
Valoroso repentista
Instruiu-se por si próprio
Um amável folclorista
Fenômeno da poesia
Um filósofo e artista.
CHEGAMOS AO RIO GRANDE DO SUL - CAPITAL PORTO ALEGRE.
O Rio Grande do Sul é a Terra dos Pampas e de um céu sempre azul.
A cultura deste lindo Estado se refere a a arte, ao conhecimento, as crenças, a lei, a moral, as tradições populares e aos costumes, expressão artística . das aptidões do gaúcho.
A MESCLAGEM DE RAÇA reflete hábitos que predominam a valorização e respeito pelas festas populares tradicionais do nosso país. As lendas vão passando de geração em geração como: A DO NEGRINHO DO PASTOREIO
As manifestações populares são bem aceitas e o folclore gaúcho é belíssimo!
As festas juninas ocorrem no mês de junho em homenagem a São joão.
Arraial, casamento na roça, comidas típicas, dramatizações, contos, literatura, música e muita alegria.
