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Este Blog é para expor publicações periódicas que contribuam para desenvolver atividades artísticas culturais e recreativas dentro de uma postura construtiva através da Pedagogia da Animação, ampliando diversos conceitos da qualidade total nas áreas de Recreação, Folclore, Literatura e Música. Produzindo conhecimentos interdisciplinares no aprimoramento da cidadania.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

CORDEL DE UM BRASILEIRO, MUNDO JOVEM

Cordel de um brasileiro

Cordel


Num pricisa ser formado, nem pricisa ser dotô
Pra saber que injustiça tão fazendo com ardô
Inda querem nos calá dando 100 reais de favô
Pra comprá os nosso voto, iludindo o eleitô
Lá pras banda, perto da praia,
poucos sabem o que é sofrê
Mas aqui dentro de casa ser feliz é num morrê
Lá quando o rico é assaltado você vê té na tevê
Aqui se só sangrô: tá chorando por quê?
Quando eles tão doente vão no judeu lá de São Paulo
Nós espera numa fila sem médico,
sem cama e té sem vaso
Os médico conhece eles de nome, endereço e profissão
Nós é só uma ficha escrita no papel de enrolá pão
Num sei se eles crê e se crê se é em alguém bão
Mas eu te posso jurar,
mão sem sangue eles num tem não
Esquecem que o mundo num tem canto,
é redondo que nem ovo
Que nem a gente eles vão morrê e vão dá conta do povo
Num precisa tê crença certa pra sabê que tudo tem volta
Preto, branco, rico ou pobre: tá tudo escrito na nota
Quando o dia que nos faz igual chegá,
choro num adianta não
Pode até soluçá e gemê,
mas a crença dele vai tá lá de prontidão
Mas por que esperá tanto pra ver esse verdugo padecê?
Dinheiro nenhum nessa terra vai mudá o amanhecê
Se o mais importante você tem, fale agora sem temê
Por que votá com a barriga depois de tanto sofrê?
Tenha fé, acridite, busque o certo uma vez mais
Aprenda com sua vida que pensá nunca é dimais
Quando o político for mal, trate ele como sobra
Nós tem que mostrá pra ele:
água que sacia é a mesma que afoga
Intão num tenha vergonha de perguntá como se faz
Ouça, duvide e pesquise,
nunca vote só porquê é bom rapaiz
Fique atento nas barganha,
nas promessa e na cara cheia de graça
Tem até umas dona sem jeito
querendo passá por boa praça
Num se iluda ou tenha medo do terno,
do vestido cheio de estampa
Moço que se preocupa com o povo usa pouco a garganta
Pensam que tem poder
e querem fazê o povo nisso acreditá
Poder mesmo tem meu dedo
que com um aperto degola sem fazer sangrá.

André Jorcelino Lopes FloresRio de Janeiro, RJ

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