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Este Blog é para expor publicações periódicas que contribuam para desenvolver atividades artísticas culturais e recreativas dentro de uma postura construtiva através da Pedagogia da Animação, ampliando diversos conceitos da qualidade total nas áreas de Recreação, Folclore, Literatura e Música. Produzindo conhecimentos interdisciplinares no aprimoramento da cidadania.

sábado, 16 de janeiro de 2016

O QUE É FOLCLORE PATATIVA DO ASSARÉ



    O que é folclore?
    De conservar o folclore
    Todos têm obrigação,
    Para que nunca descore
    A popular tradição
    Os homens de grande estudo
    Como Mainá e Cascudo
    Guardam sempre nos arquivos
    Populares tradições,
    Cantigas, superstições
    E costumes primitivos.
    Você, caboclo, que cresce,
    Sem instrução nem saber,
    Escuta, mas não conhece
    Folclore o que quer dizer;
    O folclore é um pilão,
    É um bodoque, um pião,
    Garanto que também é
    Uma grosseira cangalha
    Aparelhada de palha
    De palmeira ou catolé.
    Posso lhe afirmar também
    Folclore é superstição
    O medo que você tem
    Do canto do corujão.
    Folclore é aquele instrumento
    Para o seu divertimento
    Que chamamos birimbau,
    E também a brincadeira
    Ritmada e prazenteira
    Chamada Maneiro-pau.
    Folclore, meu camarada,
    Ouvimos a toda hora,
    É estória de alma penada
    De lubisome e caipora.
    Preste atenção e decore,
    Pois, com certeza, folclore
    Ainda posso dizer
    Que é aquele búzio de osso
    Que você põe no pescoço
    Do filho pra não morrer.
    É o aboio magoado
    Do vaqueiro na amplidão,
    É o festejo animado
    Da debulha de feijão,
    Carro de boi e gaiola
    E desafio, à viola,
    Do cantador popular.
    E também a toadinha
    Da Ciranda-cirandinha
    Vamos todos cirandar.
    Eu e você que vivemos
    No nosso pobre sertão
    Muitas coisas inda temos
    Da popular tradição;
    Além de outras, o girau
    E a carrocinha de pau
    Em vez de bonito carro.
    Que prazer, satisfação,
    A gente comer pirão
    Mexido em prato de barro!
    E agora, prezado irmão,
    Estes versos lhe dedico,
    Lhe dei alguma noção
    Do nosso folclore rico.
    Não posso continuar,
    Pois nada pude estudar,
    De dentro do tema saio.
    O resto lhe dirá tudo
    Romão Filgueira Sampaio,
    Mainá e Câmara Cascudo.
                                             Patativa do Assaré/Antônio Gonçalves da SilvaOO

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