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Este Blog é para expor publicações periódicas que contribuam para desenvolver atividades artísticas culturais e recreativas dentro de uma postura construtiva através da Pedagogia da Animação, ampliando diversos conceitos da qualidade total nas áreas de Recreação, Folclore, Literatura e Música. Produzindo conhecimentos interdisciplinares no aprimoramento da cidadania.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

FOLCLORE GAÚCHO NEGRINHO DO PASTOREIO



Negrinho do Pastoreio

Uma lenda gaúcha

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação


A lenda do Negrinho do Pastoreio tem origem cristã e data provavelmente do século 19. Tornou-se popular durante a campanha abolicionista, já que focaliza a crueldade de um senhor de escravos. Simões Lopes Neto (1865-1916), escritor que fixou o folclore e as tradições do Rio Grande do Sul em sua obra, apresenta um minucioso registro escrito da lenda do Negrinho do Pastoreio, no livro "Lendas do Sul".

Conta a lenda que um fazendeiro ou estancieiro, como dizem os gaúchos, mandou um menino negro pastorear uma tropa de cavalos recém-comprados. Durante a noite, o menino adormeceu e um dos cavalos fugiu. O estancieiro castigou o menino com uma violenta surra de chicote e mandou-o à procura do cavalo perdido.

O menino chegou a encontrá-lo, mas a corda com que o laçou partiu-se e ele não conseguiu capturá-lo. Dessa vez, o estancieiro além de surrar o menino, amarrou-o num troco, ao pé de um formigueiro, onde as formigas vieram se alimentar nas feridas do negrinho, devorando-o vivo.

No dia seguinte, porém, em vez de encontrar o cadáver do escravo, o fazendeiro encontrou o Negrinho solto, ao lado da Virgem Maria. Assustado, o estancieiro ajoelhou-se e pediu perdão ao escravo. Este, porém, montou num cavalo a pelo e fugiu dali, levando consigo todos os cavalos da fazenda.

A partir de então, o Negrinho passou a percorrer os pampas, pastoreando sua tropa. Na região, quem perder alguma coisa pode rezar para ele. ONegrinho acha as coisas perdidas e as coloca em lugar que seus donos possam encontrá-las, desde que estes acendam uma vela para a Virgem Maria.

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica serão aceitas até 2012
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