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Este Blog é para expor publicações periódicas que contribuam para desenvolver atividades artísticas culturais e recreativas dentro de uma postura construtiva através da Pedagogia da Animação, ampliando diversos conceitos da qualidade total nas áreas de Recreação, Folclore, Literatura e Música. Produzindo conhecimentos interdisciplinares no aprimoramento da cidadania.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

PADRE JOSÉ DE ANCHIETA- Por: Maria Adalzira de Oliveira

Pensando na data 25 de janeiro não posso esquecer A Fundação da Cidade de São Paulo.
         É válido ressaltar nesta magna data a valiosa colaboração do Padre José de Anchieta um dos primeiros Educadores do Brasil, que chegou aqui com menos de 20 anos de idade, com o 2º Governador Geral do Brasil, Duarte da Costa, para trabalhar com o Padre Manuel da Nóbrega.
         O  Padre Anchieta passou a amar o Brasil como se fosse a sua Terra Natal. Muito esforçado e marchando para o progresso  metia-se pelas matas a pé, a chuva, enfrentando as feras com o objetivo de catequisar os índios , assim seria mais fácil implantar a paz entre eles e os brancos. Tinha uma grande liderança espiritual, para facilitar  a aprendizagem dos índios ele escrevia peças e executava o teatro. Grande professor, foi chamado de o  mais atuante e um dos primeiros professores do Brasil.
         Grande historiador, poeta, escritor famoso por seus lindos poemas e inúmeras obras bem conhecidas em todo Brasil.
         Belo trabalho missionário, um dramaturgo sensibilíssimo!
         Um dos fundadores das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Seu nome  é forte em termos  de testemunho de coragem e trabalho. São Paulo é chamado de “Linda Terra de Anchieta”.
         Seu nome permanecerá na História da Educação Brasileira  e em nossos corações.
         Foi beatificado pelo Papa João Paulo II.

                   JESUÍTAS, de CASTRO ALVES
          (Edições Paulinas- Mario Basacchi)
Quando o vento da Fé soprava a Europa,
         Como o tufão que impele o ao ar a tropa
         Das águias que pousavam no alcantil:
         Do zimbório de Roma- a ventania,
         O bando  dos Apóstolos sacudia
                     Aos cerros do Brasil.
         Tempos idos! Extintos luzimentos!
         O pó da catequese aos quatro ventos
                            Revoava nos céus...
         Floria após na Índia ou na Tartária,
         No Mississipi, no Peru, na Arábia
                            Uma palmeira- Deus!-

         Homens de ferro! Mal na vaga fria
         Colombo ou Gama um trilho descobriu
         Do mar nos escarcéus,
         Um padre atravessava os equadores,
         Dizendo: Gênios!...sois os batedores
                            Da matilha de Deus!

         Depois as solidões surpresas viam
         Esses homens inermes, que surgiam
                            Pela primeira vez.
         E a onça recuando se esgueirava
         Julgando o crucifixo ... alguma clava
                           Invencível talvez!

         O martírio, o deserto, o cardo, o espinho,
                            A fome, o frio, a dor,
         Os insetos, os rios, as lianas,
         Chuvas, miasmas, setas e savanas,
                             Horror e mais horror...

         Nada turbava aquelas frontes calmas,
         Nada curvava aquelas grandes almas
                             Voltadas pra amplidão...
         No entanto eles só tinham na jornada
         Por couraça- a sotaina esfarrapada...
                             E uma cruz- por bordão.

         Quantas vezes então sobre a fogueira
          Aos estalos sombrios da madeira
                              Entre o fumo e a luz...
         A voz do mártir murmurava ungida:
         “Irmãos! Eu vim trazer-vos- Jesus! “

         Outras vezes no eterno itinerário
         O sol, que vira um dia no calvário
                            Do Cristo a Santa Cruz.
         Enfiava de vir achar nos Andes
         A mesma cruz, abrindo os braços grandes
                              Aos índios rubros[, nus .

         Eram eles que o verbo do Messias
         Pregavam desde o vale das serranias,
                            Do Pólo do Equador...
         E o Niágora ia cantar nos mares...
         E o Chimborazzo arremessava os ares
                           O nome do Senhor!...


                            SÃO P\AULO

         Há mais de quatrocentos anos
         Que, nesta terra boa e fértil
         Foi lançada a primeira semente
         Da maior cidade do Brasil.

         O começo foi extremamente difícil
         No planalto de Piratininga,
         Foi levantado o primeiro barracão
         Fruto de trabalho e de oração.

         Este grande acontecimento
         Foi relatado pelo jovem Anchieta
         Que com outros doze jesuítas
         Estava presente naquele momento.

         “A vinte e cinco de janeiro
                     Ao ano do Senhor
         De mil quinhentos e quatro
         Celebramos a primeira missa.
         Foi num barraco de pau a pique e taipa,
         Que servia de escola enfermaria, dormitório,
                            Capela, cozinha e refeitório,
         Era o dia da conversão de são Paulo.”

         A ajuda de João Ramalho de Bartira
         E de Tibiriçá foi muito importante
                             Para granjear a amizade
                            Das tribos circunstantes.

         Enquanto a cidade ia crescendo
         Anchieta, no Colégio, ensinava com alegria
         A religião aos curumins,
                              Filhos dos tupis.

         Para facilitar o transporte das mercadorias
         Que vinham do litoral ou de Portugal
                             A pé ou em montaria
         Os padres e colonos alargavam trilha no matagal.

         Naquele tempo, não havia as rodovias
         Que admiramos hoje em dia
                            Anchieta ou Imigrantes,
          Para o transporte tão importante.

         Foi assim que surgiu a capital
         Do estado bandeirante,
         Que acolhe gente de todas as  tribos e raças
         Infundindo coragem e renovando esperança.

         São  Paulo, nascida na humildade
         Graças ao trabalho de tantas gerações
         Orgulha-se, agora, de sua prosperidade
         E de ser a primeira desta nação.
        

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